Em janeiro, o estado alcançou o valor exportado de US$ 844,9 milhões, um montante 2,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
A pauta exportadora catarinense permanece consistente, com produtos típicos da indústria estadual, como as carnes de aves e suína, que são reconhecidas internacionalmente e alcançaram 111 diferentes destinos em janeiro, beneficiadas pela preferência dos compradores pela produção catarinense, que se manteve livre de ocorrências sanitárias registradas em outros países concorrentes.
Dentre esses destinos, destaca-se a Arábia Saudita, que ultrapassou o Japão como o maior comprador de carnes de aves catarinenses. A participação do país nas exportações do estado vem crescendo ao longo dos anos, e janeiro de 2025 registrou o maior valor exportado por Santa Catarina com destino à Arábia Saudita na série histórica para esse mês. Esse resultado evidencia a diversificação das relações do estado, buscando fortalecer parcerias no oriente médio, como o Iraque que apresentou um crescimento de 86,5% frente a janeiro passado.
As exportações de carne suína, que apresentaram um crescimento de 10,9% na análise interanual, também têm um novo líder: o Japão foi responsável por 22,8% do valor exportado do produto no início de 2025. Apesar da queda das vendas internacionais para parceiros como o Chile e os EUA, o estado aumentou consideravelmente a venda de carne suína para a Argentina, Singapura e México na comparação com janeiro de 2024.
Um produto atípico entre os principais exportados por Santa Catarina em janeiro foi o tabaco não manufaturado, que atingiu o dobro do valor registrado no mesmo mês do ano anterior. Esse resultado foi motivado por questões logísticas que atrasaram o envio da safra do ano passado. Os principais parceiros comerciais dessa mercadoria foram a China, tradicional comprador do tabaco brasileiro, e os Emirados Árabes Unidos.
Já os motores elétricos, produto da pauta catarinense com alto valor agregado, tiveram uma queda de 19,2% na comparação interanual. As exportações desse item recuaram para destinos como Estados Unidos, Argentina e Austrália, que estiveram entre os principais compradores da mercadoria o ano anterior. Esse resultado reflete o arrefecimento da produção industrial mundial, influenciado por incertezas econômicas e geopolíticas.
A queda de 13,5% das vendas internacionais de partes de motor também pode ser explicada pelo desempenho industrial do final do ano, aliado ao decréscimo das exportações para parceiros como o México, Alemanha, Japão, China e Itália.
Entre os principais destinos das exportações catarinenses, os Estados Unidos e a China apresentaram queda no mês de janeiro. Como destaque positivo, a Argentina teve crescimento de 47,5% nas compras de produtos catarinenses, ressalta-se os fios de cobre, que figuram entre os principais itens exportados para o país. Esse produto é um manufaturado do cobre refinado, principal insumo da pauta das importações catarinenses.
Na ótica das importações, Santa Catarina observou um resultado de US$ 3,3 bilhões referente ao encerramento de janeiro, alcançando um crescimento de 23,5% frente ao mesmo mês do ano anterior. Esse valor ainda permanece de acordo com a tendência observada ao longo de 2024, de forte expansão do ciclo econômico, porém, em termos mais contracionistas e com o dólar valorizado.
A demanda por componentes da indústria e agricultura permanece elevada, impulsionada pelo cenário doméstico aquecido, reflexo dos estímulos fiscais, da taxa de desocupação em patamares historicamente baixos e do incentivo ao consumo das famílias. A pauta importadora, predominantemente composta por produtos da indústria, evidencia a diversificação setorial da economia catarinense, que tem na variedade de setores um de seus pilares. Dessa forma, os produtos que abastecem as manufaturas do estado registraram um crescimento significativo no mês.
No setor automotivo, os componentes veiculares seguem como uma parcela relevante das importações totais. Peças e acessórios para veículos e pneus de borracha somaram um montante de US$ 154,5 milhões no encerramento do mês.
Além disso, na comparação interanual, as aquisições de partes e acessórios para veículos expandiu em 32,6%, enquanto, as compras por pneus de borracha retrocederam em 5,9% no mesmo período.
Ademais, o total importado de US$ 56,1 milhões em eletrodomésticos de cozinha, 65,1% a mais que o mesmo mês do ano anterior, se deve a crescente no salário real. Essa maior renda disponível gerou um aumento no consumo das famílias elevando os níveis da procura por tais bens.
A cadeia de transformação também foi beneficiada pela conjuntura do país. O principal produto das importações catarinenses, o cobre refinado, é um insumo da indústria de equipamentos elétricos e máquinas e equipamentos, ambos setores em alta. Esse comportamento da demanda correspondeu a US$ 107,7 milhões, 17,7% acima de janeiro do último ano. O mesmo efeito incide sobre os semicondutores, majoritariamente de origem chinesa, que elevaram em 43,9% na comparação interanual.
Por fim, o destaque para janeiro foi o aumento de
O maior fornecedor de fertilizantes nitrogenados para Santa Catarina, e Brasil, é Omã, país localizado no Oriente Médio, região de suma importância na produção de ureia. Portanto, o caminho de estreitamento das relações comerciais com Omã fortalece e garante o abastecimento desse produto essencial para o estado.
Em suma, as importações catarinenses são de uma gama de países diversificados, com as cinco principais origens em janeiro de 2025 sendo China em primeiro com US$ 1,5 bilhão, seguida de Estados Unidos, Chile, Alemanha e Argentina. Esses parceiros comerciais abrangem quatro continentes, reforçando a identidade global de Santa Catarina.
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