Nos quatro primeiros meses do ano, Santa Catarina continuou registrando recorde no montante exportado, agora com valor de US$ 3,6 bilhões negociados internacionalmente. 
Além disso, registrou alta de 15,2% no preço médio exportado, na mesma base de comparação, o que representou o maior aumento dentre os principais exportadores brasileiros. Já na análise mensal houve retração de 2,1%.

Esse resultado está associado à valorização de alguns dos principais produtos da pauta exportadora catarinense. Dentre eles, cabe o destaque para a gelatina e derivados, a carne processada, a carne suína e as partes de motor. Na análise interanual, a carne suína registrou a maior expansão nas vendas internacionais, incentivada pelo bom momento das compras da China, de países do Sudeste Asiático e do Chile.
Já a carne de aves registrou recuo no montante exportado, em relação a abril do ano passado. Isto se deve, em parte, pela redução na demanda mundial do produto, o que fez reduzir seu preço médio em abril. Apesar disso, o estado teve aumento nas vendas da mercadoria em países parceiros, como a China, Singapura e México.

Outros destaques na análise interanual foram as exportações catarinenses de compressores de ar, transformadores elétricos e gelatina e derivados, cujas produções consistem em processos de alta intensidade tecnológica. Em relação aos compressores, houve expansão das vendas para seu principal comprador, os Emirados Árabes, além da ampliação no fornecimento para países como o México e Guatemala.
Já em relação aos transformadores elétricos, Santa Catarina aumentou as vendas para mercados exigentes, como os EUA e a Alemanha. Além disso, o estado retomou o fornecimento do produto para o Uzbequistão em abril, totalizando um montante de US$ 1,5 milhão. No caso da gelatina e derivados, Santa Catarina manteve as vendas com seu principal consumidor, os EUA, além de aumentar o fornecimento para o México e a Holanda.

Em contrapartida, houve queda nas vendas internacionais de motores elétricos, tanto na análise acumulada do ano como na interanual, principalmente para os países da União Europeia. Dentre os principais consumidores internacionais dos produtos catarinenses, cabe evidenciar, no 1º quadrimestre, a expansão das vendas para a Argentina, principalmente de ferros laminados planos e fios de cobre. Já na análise interanual, houve aumento das exportações para o México de vários produtos das indústrias química e de papel, de madeira e de alimentos.

Importações

As importações catarinenses também registraram recorde nos quatros primeiros meses do ano, com valor de US$ 9,3 bilhões negociados. Nessa mesma base de comparação, houve aumento de 8,9% nas compras catarinenses internacionais, o que mantém Santa Catarina como 2º maior importador do país. Na análise mensal o crescimento foi de 11,1% em relação a março.

Esse movimento está associado, em parte, com a recuperação gradual da indústria catarinense observada nos últimos meses, que incentivou as compras internacionais de insumos industriais elaborados e de bens de capital. Além disso, as importações do estado foram incentivadas também pela compra de insumos para a agricultura. Nesse último, houve destaque nas compras de fertilizantes potássicos, cujo montante importado dobrou no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento segue incentivado tanto pela redução no preço médio de importação, como também pelo retorno da Rússia no comércio internacional do produto.

Por parte dos insumos industriais, que compõem a maioria da pauta importadora do estado, cabe o destaque para a indústria de têxtil, confecção, couro e calçados. O setor vem ampliando as importações de insumos, estimulado pela retomada do volume de produção nos últimos meses. Os principais insumos adquiridos foram os tecidos de fios de filamentos sintéticos e os fios de fibras sintéticas descontínuas, oriundos, sobretudo, da China e da Índia.

Além disso, houve aumento nas importações de polímeros de etileno, matéria-prima utilizada na fabricação de embalagens e tampas plásticas. O segmento segue impulsionado pela alta demanda do setor alimentício, que se mantém ainda aquecido pelo consumo das famílias.

Na comparação interanual, o destaque vai para os semicondutores, cujo volume importado cresceu 35,8% em comparação a abril de 2022. A queda no preço médio e a recuperação gradual da produção de bens de capital contribuíram para esse resultado.

Entre os principais fornecedores, o México e a Itália registraram a maior expansão, com destaque para a venda de embarcações para Santa Catarina. Além disso, houve aumento também nas compras catarinenses dos Estados Unidos, estimuladas pelas importações de insumos para o setor de produtos plásticos e de borracha.
 

Acesse o boletim na íntegra abaixo: