Pular para o conteúdo principal

FMI aumenta projeções e prevê crescimento de 1,7% no PIB do Brasil em 2022

Projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia em 2021 e 2022

Publicado em 28/07/2022

O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou nesta terça-feira, 26, as projeções do PIB para a economia mundial. De acordo com o documento, o crescimento da economia brasileira dobrou de valor em 2022, de 0,8% para 1,7%, ante previsão feita em abril. Conforme análise do Observatório FIESC, o país vem se recuperando com a retomada do setor de Serviços e pelo consumo das famílias, apesar da inflação persistente.

Já em relação à média mundial, o FMI indicou queda na expectativa de 3,6% para 3,2%, no mesmo período de comparação. Essa revisão ocorreu em função do cenário de maior incerteza global e risco de recessão nas economias desenvolvidas. A inflação persistente e as maiores tensões sociais causadas pelo avanço das dificuldades de abastecimento de alimentos e energia ajudam a explicar a análise do órgão.

Para 2023, houve redução de 0,3 ponto percentual na expectativa de crescimento do PIB brasileiro. No entanto, a revisão na economia brasileira ocorreu em menor magnitude quando comparado com a média mundial, que registrou revisão na expectativa de crescimento de menos 0,7 pontos percentuais para 2023.

gráfico com dados do crescimento do PIB no ano de 2022

 

Com relação aos Estados Unidos, a previsão do FMI é de crescimento do PIB de 2,3% em 2022 e 1,0% em 2023. Os gastos dos consumidores norte-americanos, que ficaram abaixo das expectativas no segundo trimestre deste ano e a persistência da inflação em patamares acima do esperado restringem o crescimento no curto prazo. Enquanto isso, na Zona do Euro, foi projetado crescimento de 2,6% em 2022 e 1,2% em 2023.

O FMI avalia que vários choques atingiram uma economia mundial já enfraquecida pela pandemia: inflação acima do esperado em todo o mundo – especialmente nos Estados Unidos e nas principais economias europeias – desencadeando condições financeiras mais apertadas; uma desaceleração pior do que o previsto na China, ocasionado pela política de “Zero Covid” em abril e maio e os recentes bloqueios parciais presentes no país; crise energética na Europa; e outras repercussões negativas da guerra no Leste Europeu, ainda sem desfecho, influenciaram nas revisões das projeções.