Na segunda semana de janeiro o mercado reduziu suas expectativas para o câmbio de 2024. No final de dezembro as projeções encontravam-se em R$/US$ 5,00, passando para R$/US$4,95. Essa perspectiva mais positiva para o câmbio está associada as contas externas brasileiras. O aumento nas exportações de commodities, em especial de minério de ferro e do agronegócio tem favorecido a valorização do real frente ao dólar. Além disso, outro fator importante é o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos que deve se manter, apesar de em patamar menor, proporcionando uma valorização do câmbio.
Outro indicador que chama atenção é o da balança comercial, há quatro semanas atrás o mercado esperava saldo superavitário de US$69,00 bilhões, passando para US$75,00 na última semana. O ano de 2023 foi marcado pelas supersafras agrícolas no país que levaram a recordes na balança comercial.
Já as expectativas para a inflação de 2024 tiveram seu primeiro reajuste para baixo no ano, passando de 3,90% para 3,87%. No último dia 11 foi divulgado o resultado do IPCA de 2023 que ficou em 4,62%, dentro da dentro da meta estipulada pelo Banco Central (4,75%). O principal vetor para a desaceleração do índice em 2023 foram os preços de alimentos que sofreram queda significativa no decorrer do ano. Em 2024, espera-se que o cenário permaneça semelhante sem mudanças bruscas.
A Selic manteve-se estável pela terceira semana seguida. As expectativas são de que o ano encerre a com taxa na casa de um dígito (9,00%), o que não é observado desde dezembro de 2021.
Para esta semana, é esperado a divulgação do Índice de atividade econômica referente a novembro, considerado uma prévia do PIB. Nos EUA destaque para a divulgação dos dados de vendas no varejo de novembro e da produção industrial de dezembro. Na zona do euro, será divulgado o índice de preços ao consumidor referente a dezembro.
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