A penúltima semana de setembro, o mercado revisou para cima as expectativas para balança comercial brasileira. O saldo passou de US$ 70,4 bilhões, na semana anterior, para US$ 73,0 bilhões. O aumento nas expectativas está associado, principalmente, às exportações dos setores agropecuário e extrativo. O primeiro impulsionado pelo maior volume colhido. De acordo com o IBGE, a safra agrícola brasileira deve registrar recorde em 2023. Já o setor extrativo, apesar do recuo dos preços internacionais, também é impulsionado pela alta no volume exportado em minério de ferro e petróleo, por exemplo. Com isso, o superávit da balança comercial acumulado de janeiro a agosto deste ano já supera o resultado completo do ano de 2022.

O bom desempenho do comércio exterior, ligado às exportações de commodities, também contribuiu para  o aumento das expectativas para o PIB em 2023. Agora, espera-se que a economia brasileira cresça 2,92%, contra 2,89% registrados na semana anterior. Esta é quinta semana consecutiva de revisão para cima no indicador. Entre os componentes, destaque para o aumento das projeções do PIB industrial (1,30% a.a.), motivado, principalmente, pelo desempenho do setor extrativo.

A semana também foi marcada pela sexta reunião do Copom em 2023. A autoridade monetária optou pela redução de 0,50 p.p. da Selic, agora em 12,75% ao ano. O corte já era previsto pelo mercado, que manteve as expectativas para a taxa de juros em 11,75% ao final de 2023. As projeções para o IPCA, principal indicador monitorado para a condução da política monetária, também permaneceram estáveis, em 4,86% para este ano.

Nesta semana, espera-se a divulgação da ata do Copom, referente à última reunião. Além disso, o Banco Central deverá divulgar o relatório trimestral de inflação. São aguardados, também, os dados do IPCA-15, referentes a setembro, e do CAGED, importante indicador do mercado de trabalho, referentes a agosto.
 

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