O final de maio foi marcado por queda nas expectativas de inflação para 2023. As projeções para o IPCA recuaram pela segunda semana consecutiva, ficando em 5,71% a.a. (ante 5,80% da semana anterior). O resultado segue influenciado pelas quedas nos preços do óleo diesel, do gás veicular e da gasolina. A divulgação do IPCA-15 de maio, que veio abaixo das projeções de mercado também colaborou para o resultado das expectativas. A variação mensal do indicador ficou em 0,51%, sinalizando recuo dos preços de alguns segmentos, especialmente de transportes. Além disso, Para os horizontes temporais mais longos, as projeções do IPCA ficaram estáveis.
O IGP-M também vem se destacando pelas sucessivas revisões baixistas. Na semana anterior, o mercado esperava que o índice fechasse 2023 em 1,00%. Agora, essa projeção caiu para 0,67%. Na prévia de maio, o IGP-10 registrou a deflação mais intensa para o mês (-1,53%) desde 1993, quando teve início a série histórica do índice. O principal fator da queda foram os preços ao produtor amplo (IPA), devido à redução das cotações de matérias-primas no atacado.
As expectativas para o PIB brasileiro em 2023 foram revisadas para 1,26%, maior valor no ano até o momento. O principal destaque da atividade econômica deve ser a agropecuária, cuja projeção de crescimento anual subiu para 7,5%. Além disso, o arrefecimento dos preços também tem melhorado as expectativas para o consumo das famílias em 2023.
Para esta semana, os principais resultados esperados são das Contas Nacionais do Brasil, referente ao primeiro trimestre de 2023. Também são esperados os dados de mercado de trabalho, com a divulgação do CAGED e da PNAD contínua de abril.
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