O IBGE divulgou na última semana as Contas Nacionais do 1º trimestre de 2023. Na comparação com o trimestre anterior, o PIB brasileiro cresceu 1,9%, impulsionado pela agropecuária, que avançou 21,6% no período. Os resultados vieram acima do que vinha sendo esperado pelo mercado, que elevou suas expectativas para a atividade econômica. Para 2023, espera-se que o PIB avance 1,68%, sendo o crescimento da agropecuária de 8,00%. Na semana anterior, as expectativas eram de alta de 1,28% e 7,5%, respectivamente.
As projeções para o IPCA em 2023 recuaram pela terceira semana consecutiva, ainda influenciadas pelas quedas nos preços de combustíveis. O mercado agora espera que o índice feche o ano em 5,69%, ante 5,71% da semana anterior. Também houve leve melhoria nas expectativas para 2024 (de 4,13% para 4,12%) e estabilidade para 2025 e 2026 (4,00% em ambos os casos).
Destaque também para as projeções do IGP-M, que apontaram deflação (-0,08%) para 2023. Esse índice é mais sensível ao câmbio e aos preços de commodities, os quais têm evoluído de forma mais benigna nas últimas semanas, reduzindo as pressões sobre os preços no atacado. A esse respeito, as expectativas para a taxa de câmbio em 2023 também foram revisadas para baixo, ficando em R$ 5,10/ US$.
Para esta semana, o principal indicador econômico será o IPCA de maio, cujas projeções atuais apontam alta mensal de 0,37%. Além disso, a semana também pode ter novidades no campo da política econômica, devido a discussões em torno do arcabouço fiscal e do projeto de reforma tributária.
Confira abaixo o Boletim na íntegra: