Na quarta semana de agosto, um dos principais destaques nas expectativas do mercado brasileiro foi a nova alta das projeções para a taxa de câmbio de 2023, agora com valor de R$/US$ 4,98. Esse resultado está associado com a política de aumento da taxa de juros dos EUA, que é fator determinante para o câmbio no Brasil, uma vez que baliza os diferenciais de juros dos investimentos em relação ao mercado internacional. Em discurso realizado na última semana, o presidente do Banco Central norte-americano sinalizou que pode elevar ainda mais a taxa de juros do país, caso a inflação não ceda no ritmo desejado.
As expectativas para o crescimento do PIB em 2023 tiveram alta, para 2,31%. O mercado tem elevado as projeções para as atividades de serviços neste ano, em decorrência dos resultados do setor nos últimos meses. Além disso, o afrouxamento gradual da política monetária vem melhorando as expectativas para o PIB industrial em prazos mais longos.
Já as projeções para o IPCA de 2023 apresentaram estabilidade na última semana. A mediana de mercado ficou em 4,90% para o fim do ano, após alta na semana anterior. O mercado ainda não reagiu à última prévia da inflação, o IPCA-15, divulgada na última sexta-feira. O resultado veio acima do esperado e sinalizou pressão inflacionária nos preços de energia elétrica.
Nesta semana, a agenda econômica brasileira será movimentada, com as divulgações dos resultados das Contas Nacionais do 2º trimestre de 2023 e do IGP-M de agosto. Além disso, esperam-se dados do mercado de trabalho, com divulgação do Caged e da PNAD Contínua referentes a julho.
Confira abaixo o Boletim na íntegra:
