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Publicado em 13/06/2022

Expectativa do mercado é de maior crescimento e menor inflação em 2022

Após três meses sem publicação dos dados da Pesquisa Focus pelo Banco Central do Brasil (BCB), em virtude da greve dos servidores federais, a atualização das expectativas dos agentes de mercado trouxe revisões para baixo sobre as projeções do IPCA para 2022. A estimativa neste ano foi revisada para 7,67% (ante 8,5% há 4 semanas) e tem como principal influência a aprovação do projeto que limita a cobrança do ICMS sobre produtos e serviços essenciais à alíquota mínima de cada estado, aproximadamente entre 17% e 18%, além da medida que zerou as alíquotas de PIS/Cofins sobre as vendas de Gasolina, Etanol e GNV. No entanto, essas medidas que visam atenuar o impacto do aumento do preço internacional do petróleo em 2022 deverão ser revertidas no próximo ano, podendo trazer novas pressões sobre os preços em 2023, o que indica o aumento das projeções para o IPCA em 2023 e 2024.

Mediana das expectativas para o IPCA em 2022 (%)

 

A expectativa de maior inflação nos próximos anos vem influenciando as perspectivas em relação à taxa de juros Selic nas últimas semanas. Após o último reajuste, o mercado espera um novo aumento de 0,5 p.p, levando a Selic até 13,75% a.a., a ser realizado na próxima reunião. Embora o mercado mantenha as perspectivas de redução na taxa a partir de 2023, é esperado que as taxas se mantenham elevadas por mais tempo do que o antecipado.

 

Mediana das expectativas para o PIB em 2022 (%)

 

Em relação às estimativas de crescimento para o PIB Total e PIB da Indústria, também foram apresentadas melhoras nas perspectivas ao longo das últimas semanas, tendo em vista o desempenho melhor que o esperado dos indicadores econômicos nacionais, da balança comercial e da resposta positiva do mercado de trabalho. Contudo, dado o cenário de incerteza global, com possibilidades de recessão nos EUA, conflito no Leste Europeu sem desfecho e possíveis novos lockdowns na China, há possibilidades de restrição no crescimento das economias. É esperado que o país cresça 1,59% em 2022.

A taxa de câmbio, que respondeu positivamente nos últimos meses frente a melhora relativa no cenário internacional, deverá encerrar o ano de 2022 cotada em R$/US$ 5,13.

Acesse o boletim na íntegra abaixo. 

 

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