Pela décima semana consecutiva, as expectativas de mercado da inflação em 2022 seguem em queda, com valor de 6,61% para o IPCA. Esse cenário reflete, sobretudo, as medidas do Governo Federal de redução no preço dos combustíveis, em vigor desde o fim de junho. Com expectativas sobre uma possível prorrogação para 2023 desses incentivos, as projeções do IPCA para 2023 também registraram queda, registrando valor de 5,27%. Apesar disso, as projeções ainda continuam acima da meta do Banco Central. Tendo em vista o aumento do risco fiscal e a retirada das medidas desinflacionarias, o viés de alta dos preços migrou para 2024.
A divulgação do PIB acima do esperado no 2º trimestre de 2022 já influenciou as expectativas do mercado do Boletim Focus. As projeções de alta na atividade econômica para este ano foram ajustadas de 2,10% para 2,26% na última semana, enquanto as de 2023 subiram de 0,37% para 0,47%. Além disso, acompanhando os bons resultados no trimestre, houve também revisão das expectativas para a atividade industrial, com mediana passando de 0,5% para 0,9% em 2022.
O mercado financeiro está praticamente em consenso quanto ao patamar da Selic para o fechamento do ano. Para 80% dos analistas consultados pela pesquisa do Focus, a taxa deve ficar em 13,75% em 2022. Essa mediana permanece estável há onze semanas. A principal mudança na última semana diz respeito às expectativas para 2023, que elevaram a meta Selic em 0,25 pontos percentuais – passando a registrar 11,25% ao ano.
Nesta semana, os destaques estão voltados para o mercado internacional, com a nova decisão na taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE), onde é esperado um aumento de 0,5 p.p. Além disso, a decisão da Rússia em suspender o fornecimento de gás para a Europa aumenta as tensões políticas internacionais.
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