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Expectativa sobre a taxa básica de juros aumenta para 11% a.a. em 2022

Boletim de expectativas de mercado do Banco Central do Brasil de 08/11/2021. Crescimento econômico, PIB industrial, inflação, IPCA, IGP-M, câmbio e exportações

Publicado em 10/11/2021

Fatores internos seguem determinando as expectativas do mercado

Na segunda semana de novembro, as expectativas de mercado, captadas pelo Boletim Focus do Banco Central, seguem sinalizando uma revisão para os principais indicadores macroeconômicos. Fatores internos estão determinando as oscilações nas expectativas para a economia nacional.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi revisado pela 31ª vez consecutiva, com a mediana das expectativas de inflação em 9,33% em 2021. A alta inflacionária vem sendo impactada pelo aumento nos preços dos combustíveis. O preço médio da gasolina comum, por exemplo, registra alta acumulada de 45,5% nos últimos 12 meses até outubro, enquanto o IPCA observado acumula alta de 10,25% no mesmo período acumulado até o mês de setembro. 

Gráfico expectativa para IPCA

Como tentativa de contenção da alta da inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou na última semana de outubro um aumento em 1,50 p.p. na taxa básica de juros, passando para 7,75% a.a. Para a próxima reunião em dezembro, a autoridade monetária sinalizou novo aumento de mesma magnitude, ou superior, caso necessário, em prol do cumprimento da meta de inflação em 2022. Essa sinalização gerou reajuste das expectativas para a taxa de juros no horizonte relevante, com destaque para 2022, onde a mediana das expectativas passou de 10,25% para 11,00% a.a.

Um dos efeitos deste aperto monetário conduzido pelo Banco Central, no entanto, recai sobre o nível da atividade econômica, sobretudo pelo encarecimento do crédito e diminuição do consumo das famílias. Pela quinta semana consecutiva, o mercado revisou para baixo as estimativas para o PIB em 2022 para expansão de 1,00%, ante 1,54% há quatro semanas. Além disso, os dados de setembro mostraram recuo de 0,4% na produção industrial brasileira em relação ao mês imediatamente anterior, representando a quarta queda mensal consecutiva do indicador, fator que contribuiu para a redução das estimativas da expansão neste ano de 2021.

No cenário internacional, o otimismo prevaleceu através dos dados da criação de novas vagas de trabalho nos EUA, acima do esperado, o que sugere que a atividade econômica pode estar ganhando fôlego no último semestre do ano.
 

Para mais informações, acesso o boletim abaixo na íntegra:

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Expectativas de mercado