Mercado revisa a expectativa para a dívida líquida do setor público para 2022
O Relatório Focus do Banco Central com as expectativas de mercado desta última semana traz revisão sobre o principal índice de preços da economia brasileira – o IPCA. A revisão nas expectativas ocorre após divulgação dos dados do IPCA-15 de janeiro (prévia da inflação) com resultado acima do esperado, além do resultado também do IGP-M, com aceleração orientada pela valorização nos preços das commodities no mês de janeiro. A mediana das expectativas de mercado é que o IPCA encerre o ano de 2022 com avanço de 5,4%. Para o ano de 2022, foi mantido a meta de 3,5% no indicador.
Tendo em vista o compromisso de controle inflacionário para a economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pelo reajuste da taxa Selic em 1,5 ponto percentual (p.p.), agora com valor de 10,75% ao ano, movimento em linha com o esperado pelo mercado. Para as próximas reuniões do Copom, o Comitê avalia como mais adequado reduzir o ritmo de elevação da taxa de juros, indicando que o ciclo de aperto monetário pode estar próximo do fim. Para o término de 2022, espera-se uma taxa Selic em 11,75% a.a.
No âmbito das contas públicas, temos a revisão para baixo, pela terceira semana consecutiva, nas expectativas para a dívida líquida do setor público (DLSP) em 2022. A revisão das expectativas está sendo influenciada pela retomada econômica em 2021, pelo controle dos gastos públicos e pela aceleração da inflação de custos.
Na agenda nacional de indicadores desta semana, teremos a divulgação do resultado do IPCA para o primeiro mês de 2022, dados da produção industrial mensal (PIM-PF) regional de dezembro e a ata da reunião do Copom, realizada na última semana, apresentando maior detalhamento sobre a condução da política monetária no país.
Acesse o boletim na íntegra abaixo.