Mercado reduz estimativas sobre o PIB brasileiro
Na terceira semana do mês de outubro, as instituições participantes da pesquisa Focus, organizada pelo Banco Central, renovam algumas preocupações por conta da agenda política no país. Além disso, projeções atualizadas do FMI (Fundo Monetário Internacional) apontam uma produção global menor do que a projetada anteriormente para 2021, ocasionada pelo menor desempenho generalizado dos países sob todas as óticas de renda. Para o Brasil, a entidade pouco alterou as projeções para 2021, ficando a mudança mais significativa para 2022, onde cortou parte da estimativa para a expansão econômica. No Boletim Focus, a expectativa de sustentação dos preços em níveis elevados reduz as estimativas para o PIB tanto em 2021 como em 2022, de 5,01% e 1,50%, respectivamente.
Pela 28ª semana consecutiva, as projeções sobre o IPCA seguem em alta para o ano de 2021, agora com valor de 8,69%. A pressão interna vinda dos preços administrados, unido ao cenário de crise energética e inflação global influenciam as estimativas dos índices de preços. A forte pressão sobre do petróleo e gás natural acabam por prejudicar as economias, sobretudo os países emergentes, como o Brasil.
As projeções sobre a Dívida Líquida do Setor Público foram reduzidas para 2021, influenciadas ainda pelo bom desempenho da variável registrado nos meses anteriores. Contudo, as estimativas para 2022 e 2024 foram revisadas para cima. A nova prorrogação do auxílio emergencial e o novo programa proposto – Auxílio Brasil – volta a pressionar o nível dos prêmios de risco brasileiro. O maior endividamento para horizontes mais longos vai em linha também com os dados do Banco Mundial, que apontam significativa deterioração nos indicadores de dívida na maioria das economias mundiais, devido ao uso massivo de pacotes de estímulos de recuperação econômica, com destaque para países de renda baixa e média.
Já as expectativas para o câmbio ao fechamento de 2021 se mantiveram estáveis, com a moeda americana sendo cotada a R$/US$ 5,25, mesma taxa cambial observada para o ano de 2022.
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