Mercado projeta crescimento econômico de 0,28% em 2022
Na segunda semana do mês de janeiro o Boletim de Expectativas de Mercado do Banco Central traz nova revisão para baixo para a taxa de crescimento do PIB em 2022. A perspectiva do mercado é de que a economia brasileira cresça 0,28% neste ano, ante 0,36% esperados na semana anterior. É a terceira revisão consecutiva para baixo no indicador pelo mercado. O tom mais restritivo em relação a atividade econômica para o ano de 2022 vem ao encontro da atual conjuntura de maior restrição monetária, inflação e desemprego ainda em patamares elevados. Outro fator de impacto no mercado brasileiro foi a sinalização do FED (banco central dos EUA) de contração no balanço monetário, reduzindo a liquidez, além da possibilidade de antecipar elevações nas taxas de juros dos EUA.
A divulgação do IPCA de dezembro de 2021 apontando alta de 0,73%, fez com que o ano de 2021 se encerrasse com inflação de 10,06%. Nos últimos 20 anos, somente em 2002 (12,53%) e 2015 (10,67%) a inflação anual brasileira havia ficado na casa dos dois dígitos. Fatores como crise energética, escassez de insumos, efeitos climáticos adversos com impactos nos preços dos alimentos e, sobretudo, disparada nos preços dos combustíveis e gás de cozinha explicam o cenário inflacionário de 2021. Para 2022 a mediana das expectativas para o IPCA se mantiveram inalteradas em 5,03%, acima do limite superior da meta (5,0%) estabelecida pelo Banco Central. Para o IPG-M, a expectativa para 2022 é de elevação de 5,56%.
Em relação a taxa básica de juros Selic, é esperado pelo mercado que o ano de 2022 se encerre com taxa de 11,75% ao ano. A persistência de pressões inflacionárias tem levado o COPOM a um aperto monetário mais severo. Em horizontes mais longos espera-se que a Selic retorne a níveis mais baixos, com estimativa para 2023 se encerrando com taxa de 8,0% ao ano.
Já no que se refere ao câmbio, a expectativa é de sustentação dos níveis atuais de cotação da moeda brasileira frente ao dólar, devendo fechar o ano de 2022 sendo cotada a R$/US$ 5,60. Para 2023 uma valorização do real deve trazer a cotação para R$/US$ 5,45.
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