No acumulado do ano até novembro, Santa Catarina exportou US$ 11,1 bilhões, um aumento de 18,3% em relação ao mesmo período em 2021. Nas importações, registrou montante de US$ 26,6 bilhões na mesma base de comparação, o que representou um aumento de 17,3%.
Exportações
Mesmo antes dos resultados de dezembro, o montante exportado por Santa Catarina em 2022 é recorde na série histórica, iniciada em 1997.
Essa marca se deve a uma conjunção de fatores, como preços internacionais favoráveis, diversificação de parceiros comerciais e aumento do valor agregado dos produtos exportados pela indústria catarinense.
Os preços internacionais foram determinantes para o aumento das vendas de carnes de aves, principal produto da pauta exportadora estadual. O bom desempenho do produto também se explica pela diversificação para mercados como Filipinas (alta de 74,0% no acumulado do ano), Coreia do Sul (69,5%) e Chile (67,4%).
As vendas internacionais de milho também se destacaram em 2022. Além da valorização no mercado internacional, Santa Catarina ampliou os embarques do produto, principalmente para o Irã, Arábia Saudita e o Japão. No acumulado do ano (jan-nov), foram exportados US$ 60,4 milhões de milho, ante US$ 3,9 milhões no mesmo período em 2021.
Outro marco histórico de Santa Catarina são as vendas internacionais de produtos industriais intensivos em tecnologia, tanto em montante como em quantidade exportada. Nesse sentido, podem se destacar as vendas de motores elétricos, partes de motor e partes/acessórios de veículos. Esses produtos seguem ampliando sua participação em mercados mais exigentes, como na América do Norte e na Europa.
Em relação aos destinos das exportações, todos os blocos econômicos mundiais ampliaram os embarques de produtos catarinenses. De janeiro a novembro do ano passado, 131 países importaram pelo menos US$ 1 milhão de produtos catarinenses, cada. No mesmo período de 2022, esse número foi alcançado por 140 parceiros comerciais.
Importações
As importações catarinenses também bateram recorde no acumulado do ano até novembro. Essa marca foi incentivada tanto pela alta na inflação global, que acabou encarecendo a pauta importadora, como pelo aquecimento na demanda interna.
No primeiro caso, os fertilizantes nitrogenados estão entre os produtos que mais aumentaram de preço. Além de reduzir a oferta no mercado mundial, o conflito entre Rússia e Ucrânia fez diversas economias mundiais estocarem fertilizantes no primeiro semestre de 2022, diante da possibilidade de desabastecimento.
Quanto à demanda interna, vale destacar as compras de insumos para o setor automotivo, que vem recuperando gradualmente sua produção nos últimos meses.
Outro fator que tem estimulado as importações é a normalização dos preços de semicondutores e circuitos integrados, que enfrentaram problemas de oferta em 2021. Com isso, as compras internacionais desses produtos cresceram 93,6% e 83,8%, respectivamente, no acumulado do ano.
Do ponto de vista das grandes categorias econômicas, houve aumento das importações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, especialmente alimentos, bebidas e artigos de vestuário.
Esse desempenho está associado ao bom momento do mercado de trabalho catarinense, que estimula o consumo das famílias e a importação de bens finais.
O país fornecedor que mais ganhou em participação na pauta importadora do estado foi a China, seguida por Argentina, Canadá e Estados Unidos.
Confira o boletim na íntegra:
