Santa Catarina iniciou 2023 com recorde nos fluxos internacionais para o mês de janeiro. Nas exportações, registrou US$ 850,2 milhões negociados, o que representou aumento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2022. Nas importações, comprou US$ 2,4 bilhões em produtos, uma expansão de 5,8% na mesma base de comparação.
Além disso, Santa Catarina registrou em janeiro o maior preço médio por quilo exportado, dentre os principais estados exportadores do país. Esse resultado é fruto da composição da pauta exportadora catarinense, que possui diversos produtos de alta intensidade tecnológica e que envolvem maior valor agregado na produção.
Na análise interanual, esses produtos seguem ampliando sua participação na pauta exportadora do estado, incentivados pelo incremento nas vendas aos EUA.
De maneira geral, os principais produtos exportados registraram expansão. Entre eles, destacam-se as carnes de aves e suína, impulsionadas pelo aumento das vendas para países do Leste Asiático e do Oriente Médio.
Outra contribuição importante veio das exportações de gelatina. Suas vendas mais que dobraram em relação a janeiro de 2022, o que colocou o produto entre os dez principais exportados pelo estado no mês. A gelatina catarinense tem ganhado espaço em países com grandes mercados internos, como EUA e Rússia.
A exceção ao cenário de alta foram os produtos do setor madeireiro, que tiveram suas vendas externas impactadas pela desaceleração do setor da construção nos EUA e no México.
A China foi a principal compradora de produtos catarinenses em janeiro, com montante negociado de US$ 132,4 milhões. Esse valor foi 43,1% superior ao registrado em janeiro de 2022, refletindo a reabertura da economia chinesa após a flexibilização de sua política rígida de “Zero Covid”.
Já a Arábia Saudita registrou a maior expansão, dentre os principais compradores. As exportações para o país quase dobraram na análise interanual, impulsionadas pelas vendas de papel kraft.
Importações
Do lado das importações, os principais produtos comprados pelo estado em janeiro foram insumos industriais elaborados, como os revestimentos de ferros laminados planos e o cobre refinado.
Entretanto, nos últimos dois meses, houve redução das importações de cobre refinado, estimulado por problemas no fornecimento oriundos no Chile, maior produtor de cobre do mundo.
O principal destaque da pauta importadora catarinense no mês foi o aumento das compras de insumos para a indústria automotiva.
O estado ampliou as importações de veículos, embarcações recreativas e automóveis provenientes do México, além de pneus de borracha e partes e acessórios para veículos da China. O setor automotivo catarinense vem se recuperando gradualmente, respondendo à normalização das condições de oferta da cadeia produtiva internacional.
O balanço das importações também reflete o bom momento da indústria de alimentos e bebidas. Em janeiro, o setor ampliou as compras de diversos insumos, com destaque para leite concentrado e proteínas solúveis em água.
Houve também a retomada de importações catarinenses de fertilizantes potássicos, oriundos de Belarus. Um dos maiores líderes globais em fertilizantes, Belarus retomou em janeiro os embarques do produto, após passar um ano com sanções econômicas.
Os principais fornecedores internacionais de produtos para Santa Catarina no mês de janeiro foram a China (US$ 962,6 mi), os Estados Unidos (US$ 185,2 mi), o Chile (US$ 135,2 mi) e a Argentina (US$ 114,0 mi).
Na análise interanual, o destaque ficou por conta do aumento nas compras de produtos do México e da Itália. No primeiro caso, houve expansão das compras do setor automotivo, enquanto que da economia italiana o estado aumentou as compras de máquinas e aparelhos mecânicos e de medicamentos embalados.
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