Líder nacional na exportação de móveis de madeira, a indústria catarinense alcançou US$ 166,3 milhões em vendas para o exterior no primeiro semestre de 2022, alta de 4,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme análise do Observatório FIESC, o resultado positivo vai na contramão da média nacional, que apresentou queda de 4,0% no período. O Rio Grande do Sul e o Paraná, 2º e 3º colocados no ranking entre os estados exportadores de móveis no Brasil, também apresentaram retração de 12,1% e 19,5%, respectivamente, nas vendas para o exterior.
“Santa Catarina tem a tradição de uma indústria moveleira competitiva, com clientes importantes no exterior. O resultado no primeiro semestre deste ano consolida essa posição e reforça a qualidade dos nossos produtos”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. Ele acrescenta que o setor tem grandes oportunidades de avançar cada vez mais, tanto no mercado interno quanto em âmbito internacional, com a agregação de valor aos seus produtos.
Os Estados Unidos despontam como principal destino das exportações de móveis catarinenses, com 58,2% de participação. Na sequência, está o Reino Unido, com 9,3%, e a França, com uma fatia de 5,7%. Entre os produtos catarinenses vendidos para o exterior, o destaque são os móveis de madeira utilizados no quarto de dormir.
O vice-presidente da FIESC para a região do Planalto Norte e presidente da Câmara do Desenvolvimento da Indústria do Mobiliário da entidade, Arnaldo Huebl, ressalta que o resultado do primeiro semestre do ano é consequência de pedidos firmados ainda em 2021. “Na indústria moveleira, os pedidos são feitos com o prazo médio de seis meses. Havia muitas encomendas, principalmente das grandes redes varejistas dos Estados Unidos, que foram embarcadas agora no início deste ano”, afirma.
Novos empregos e crescimento na produção
A produção industrial catarinense de Produtos de madeira apresentou alta de 4,8% em maio na comparação com abril – expansão superior à média nacional, de 3,2% no período, conforme dados do IBGE analisados pelo Observatório FIESC. O ritmo de crescimento se reflete também na geração de novos empregos formais. De janeiro a maio, o setor de Madeira e Móveis gerou 2.801 novas vagas, conforme dados do Novo Caged. Na Indústria catarinense, o setor foi o terceiro que mais abriu novos postos de trabalho no período, segundo o Observatório FIESC.