Importações catarinenses sobem 14,6% na comparação com abril
No mês de maio Santa Catarina apresentou déficit na balança comercial de US$ 1,145 bilhão, com movimentação total de US$ 3,112 bilhões. Foram registrados US$ 983,6 milhões via exportação e US$ 2,129 bilhões via importações.
Exportações
No que se refere às exportações, Santa Catarina registrou expansão de 36,3% no mês de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, na comparação com o mês imediatamente anterior, registrou crescimento de 1,7% na série dessazonalizada. Do total das exportações brasileiras, Santa Catarina foi responsável por 3,6% no mês de maio, figurando na 8ª colocação. No acumulado de janeiro a maio as exportações somam US$ 3,8 bilhões, um aumento de 11,2% em relação ao mesmo período de 2020.
Repetindo o mês de abril, o principal produto exportado do estado foi a soja, com montante negociado de US$ 143,8 milhões em maio. Destaca-se o aumento de 169,2% na exportação de Madeira Compensada na análise interanual, puxada principalmente pela demanda dos Estados Unidos, o que o consolida cada vez mais como nosso principal demandante do produto.
O setor de Alimentos e Bebidas permanece como o mais representativo na pauta de exportações, com participação de 32,2%, tendo como principal comprador a China, com um terço das compras, demandante basicamente de carne suína e de aves. Destaque também para o setor da Metalmecânica e Metalurgia, com crescimento de 206% em relação ao mesmo período de 2020. Países do Mercosul foram os principais demandantes de laminados e peças de ferro e aço.
A China se mantém como a principal parceira comercial das exportações de Santa Catarina, com US$ 243 milhões negociados, o que representa 24,7% do total. Cabe ressaltar a expansão das exportações para os EUA, Argentina e Chile, por aumentos nas vendas de Madeira e Móveis nos EUA, Metalmecânica e Metalurgia na Argentina e Alimentos e Bebidas no Chile.
Importações
Santa Catarina registrou expansão de 106,9% nas importações em maio, na comparação com maio de 2020. Também houve aumento de 14,6% na comparação com o mês de abril, na série dessazonalizada. As importações do estado corresponderam por 12,1% do total importado pelo Brasil, ficando atrás somente do estado de São Paulo, com 32,4% do total. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações catarinenses somaram US$ 9,9 bilhões, uma elevação de 56,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O recente aumento nas importações catarinenses está fortemente atrelado à expansão da produção industrial. Os insumos industriais possuem forte participação na pauta importadora do estado, sobretudo nos setores de Produtos Químicos e Plásticos, Metalmecânica e Metalurgia, Indústria Automotiva e TIC. Juntos, estes quatro setores abrangeram 58,1% do total importado por Santa Catarina em maio.
Dentre as principais origens das importações catarinenses, a China segue sendo o maior fornecedor, com 37,4% de participação. O montante negociado de produtos chineses registrou aumento de 87,3% em relação a maio do ano passado, com destaque para os Semicondutores, Revestimentos de ferros laminados e Aquecedores elétricos. Já as importações junto ao Chile novamente merecem destaque pelo seu aumento de 248,3%, especialmente pelo consumo de cobre, que registrou expansão de 473,1% na análise interanual.
Cabe ressaltar a importação de Semicondutores, que no ano de 2021 já acumula montante de US$ 212 milhões, um incremento de 63,7% em relação ao mesmo período de 2020. O material, utilizado em componentes para fabricação de veículos e celulares, por exemplo, vem apresentando escassez mundial e um enorme desafio para as cadeias globais de produção. Por fim, vemos uma forte expansão na importação de Fertilizantes, aumento de 26,9% no acumulado do ano em relação ao ano passado. Isso mostra o bom momento do setor agropecuário e as expectativas otimistas para a próxima safra.
PIB do Brasil se expande 1,2%
Na última semana, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o resultado do PIB nacional do primeiro trimestre de 2021. A expansão de 1,2% ante o trimestre imediatamente anterior, veio acima do esperado pelo mercado. A Indústria geral cresceu 0,7%, com destaque para a Extrativa, com 3,2% de expansão. No entanto, a Indústria de Transformação registrou queda de 0,5%.
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