Balança comercial em outubro de 2021
Santa Catarina registrou em outubro déficit na balança comercial (diferença entre o saldo de exportações e importações) de US$ 1,17 bilhão. Já o Brasil apresentou superávit de US$ 2,00 bilhões no mesmo período. O resultado da balança comercial brasileira no acumulado do ano se mantém 29,4% acima do saldo registrado no mesmo período do ano passado.
Exportações
No mês de outubro, houve acréscimo de 50,4% no valor exportado de Santa Catarina, na comparação com outubro do ano passado. No acumulado do ano até outubro, as exportações do estado apontaram crescimento de 23,9% em relação ao mesmo período de 2020. Na análise mensal, também houve crescimento de 3,0% no montante exportado em outubro frente ao mês passado, na série sem efeitos sazonais.
As carnes de aves e suínas mantiveram a liderança na pauta de exportações do estado, com montante total negociado de US$ 255,3 milhões em outubro. Do total exportado de carne suína no Brasil em 2021, Santa Catarina representou 53,1%. No acumulado de 2021, o setor de Alimentos e Bebidas mantém participação de 35,9% do total exportado por Santa Catarina, onde 44,6% têm como destino China, Japão e Hong Kong.
O principal destaque de Santa Catarina ao longo de 2021 é o crescimento que vem sendo observado nas exportações de motores elétricos. O produto duplicou sua participação na pauta exportadora catarinense de janeiro a outubro, com crescimento médio mensal observado de 16,1% no ano. Os motores elétricos possuem maior sofisticação tecnológica e elevado grau de encadeamento com outros setores produtivos da economia, dada sua maior complexidade econômica. Em 2021 Santa Catarina responde por 78,6% do montante total exportado em motores elétricos pelo Brasil.
Os Estados Unidos continuam reforçando sua posição como principal destino das exportações do estado, com 20,0% de participação em outubro. Produtos do setor de Madeira e Móveis são os mais demandados dos EUA, com 47,7% de participação no total comprado de Santa Catarina.
Já a China foi o nosso segundo maior parceiro comercial em outubro, com 13,0% de participação, cuja concentração se dá nos setores de alimentos e agropecuária, que compreenderam 91,3% das compras em outubro.
Importações
No cenário nacional, o Brasil registrou aumento de 7,2% no valor importado em relação a setembro, na análise livre de efeitos sazonais, impactado sobretudo pelo câmbio mais depreciado e pelos preços internacionais mais elevados dos derivados de petróleo. No comparativo com outubro de 2020, o montante das importações brasileiras cresceu 54,9%. Os produtos com os principais impactos na análise interanual foram: petróleo, óleos brutos de petróleo e seus derivados (214,1%), fertilizantes (188,1%) e energia elétrica (189,1%).
Em outubro, Santa Catarina registrou um montante negociado de US$ 2,1 bilhões em importações. Desconsiderando os efeitos sazonais, o montante representou um acréscimo de 1,1% em relação a setembro. Na comparação com outubro do ano passado, houve aumento de 43,8% no total importado pelo estado. Já no acumulado do ano houve aumento de 65,0% em relação aos primeiros dez meses de 2020.
O cobre refinado segue sendo o produto mais comprado do estado, com US$ 131,6 milhões negociados, cujo principal fornecedor é o Chie, com 94,3% de participação. Outro destaque recai sobre o crescimento de 344,5% no valor das importações de semicondutores, em relação a outubro do ano passado, com fornecimento concentrado da China, respondendo por 95,9% de participação.
Este aumento no montante importado de cobre refinado e semicondutores vem ao encontro da expansão observada na produção catarinense de motores elétricos e partes de motores. Trata-se de insumos fundamentais na composição dos processos produtivos do estado, como é o caso do setor de Equipamentos Elétricos e Indústria Automotiva, compostos por produtos também de alto valor agregado.
A China permanece como principal fornecedora dos produtos importados por Santa Catarina, com um crescimento de 45,5% em outubro, frente ao mesmo período de 2020. Além dos semicondutores, a China também é o principal fornecedor de revestimentos de ferro laminados planos para o estado, segundo produto mais importado em outubro. Este material é comumente utilizado em diferentes setores, como o de Máquinas e Equipamentos, Indústria Automotiva, bem como o da Construção civil.
Por fim, cabe destacar o aumento de 81,5% na importação de carros pelo estado em outubro, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Este crescimento pode ser explicado em parte pela queda na produção da Indústria Automotiva brasileira, que vem sofrendo com a desestruturação das cadeias produtivas globais.
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