Balança comercial de maio de 2022
No mês de maio, o saldo da balança comercial catarinense (exportações menos importações) registrou déficit de US$ -1,3 bilhão. Esses déficits são historicamente presentes na economia do estado, devido ao recebimento de insumos industriais para a Indústria de Transformação.
No cenário nacional, houve superávit de US$ 4,9 bilhões no mês de maio. No acumulado do ano (janeiro a maio), o país registrou superávit de US$ 25,4 bilhões, o que representou uma queda de 4,3% em relação aos primeiros cinco meses de 2021.
Exportações
Pelo segundo mês consecutivo, as exportações catarinenses superaram a marca de US$ 1 bilhão, o que representa um recorde na série histórica para um mês de maio. No acumulado do ano (janeiro a maio), as exportações catarinenses atingiram US$ 4,6 bilhões, o que representou um aumento de 22,0% em relação ao mesmo período de 2021.
Nos primeiros cinco meses do ano, Santa Catarina aumentou o montante e o volume exportado em produtos de maior intensidade tecnológica, ao mesmo tempo que reduziu em setores não industriais. Dos produtos mais sofisticados, pode-se destacar o crescimento nas vendas de Motores elétricos, Pigmentos e Partes para máquinas e motores tanto em países da Europa como também para as Américas.
Já nos produtos de média intensidade tecnológica, os destaques ocorreram nas vendas de Papel Kraft, Cerâmica não vitrificada e Produtos de plástico, com crescimento no fornecimento sobretudo na América do Sul.
As Carnes de aves continuam sendo o principal produto exportado pelo estado e tem como principal destino o Japão, seguido da Arábia Saudita. O estado aumentou suas exportações para países do Oriente Médio em 2022, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, com destaque no fornecimento de produtos de média e alta intensidade tecnológica. Outro exemplo é o Irã, que aumentou substancialmente suas compras de milho e farelo de soja do estado.
As vendas internacionais de Santa Catarina aumentaram para a maioria dos seus principais parceiros comerciais, com exceção da China, em decorrência da desaceleração econômica ocorrida nos últimos meses.
Importações
No mês de maio, as importações catarinenses registraram US$ 2,4 bilhões, representando aumento de 14,3% em relação ao mesmo mês de 2021. Já nos primeiros cinco meses do ano, o estado importou US$ 11,3 bilhões, aumento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2021.
O montante importado no mês em Santa Catarina representou o maior valor histórico para um mês de maio desde o início da série em 1997, influenciado também pelo maior nível dos preços dos insumos e matérias-primas industriais. No entanto, apesar do aumento nos preços das importações, Santa Catarina vem aumentando também o volume importado, registrando também recorde histórico nesta variável para um mês de maio.
No mês de maio, Santa Catarina aumentou as compras de Coque de petróleo, oriundo dos Estados Unidos e de Sal, oriundo do Chile. Além disso, Santa Catarina também aumentou a compra de Fertilizantes nitrogenados de Omã, principal fornecedor catarinense do produto, além de elevar também, de forma substancial, o volume importado do produto da Nigéria.
Outro ponto a ser destacado é o aumento no preço do Ferro laminado plano. Entre os principais produtos importados no estado, o aumento nos preços vem se traduzindo em quedas no volume importado. Além disso, a desaceleração da economia chinesa (maior fornecedora do produto para o estado), que passou recentemente por lockdowns, também gerou gargalos no fornecimento global, impactando o preço do produto.
Insumo importante em várias cadeias produtivas, sobretudo no setor da Construção, o aumento nos preços do ferro e aço acaba se refletindo no desempenho mais restrito da atividade industrial. Tanto Santa Catarina como o Brasil registram variações acumuladas negativas no ano nas vendas de materiais de construção.
O estado também vem aumentando em 2022 as compras internacionais de outro insumo fundamental em diversas cadeias produtivas, os Semicondutores, mesmo com os contínuos avanços nos preços e gargalos logísticos desencadeados pela guerra na Ucrânia e pelo congestionamento no maior porto de containers do mundo, em Xangai.
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