Em fevereiro, a atividade econômica catarinense registrou expansão de 2,5% ante janeiro, na série livre de efeitos sazonais. Essa foi a maior taxa de crescimento mensal desde novembro de 2021, quando o estado ainda se recuperava dos impactos econômicos da pandemia. A média nacional também apresentou aumento na análise mensal, de 3,3%.
O resultado de fevereiro está atrelado ao bom desempenho da atividade agropecuária no estado, que registrou crescimento recorde no início de 2023. De acordo com o monitoramento da Epagri/Cepa, a quantidade produzida no último verão cresceu 32,1% em comparação ao mesmo período de 2021/22. Dos cultivos da estação, destaque para os grãos, em especial a soja.
Entre os demais setores, a indústria registrou a maior expansão na análise mensal, de 1,8%. O resultado contou com importante contribuição das indústrias de máquinas e equipamentos, cuja expansão foi de 12,4% em fevereiro. A atividade foi impulsionada pelo aumento na demanda por maquinários e implementos agrícolas.
A produção industrial também vem se beneficiando do aumento das exportações no estado. Em fevereiro, destaque para as vendas externas de transformadores elétricos, partes de motor, autopeças e embarcações, que beneficiaram os setores de equipamentos elétricos e automotivo.
Os serviços apresentaram crescimento de 1,0% em fevereiro, estimulados pelo consumo das famílias, que se mantêm aquecido. No estado, as atividades de serviços prestados às famílias cresceram 1,6% no mês, ao contrário do que ocorreu na média nacional, que teve recuo de 0,7%.
O consumo das famílias também tem contribuído para a retomada do setor de têxtil, confecção, couros e calçados. Após registrar quedas no final de 2022, o setor contribuiu positivamente para o resultado de fevereiro, tanto pelo aumento da produção industrial, quanto no volume de vendas.
Apesar disso, o comércio varejista ampliado recuou 0,6% no mês, com variações negativas em dez das catorze atividades pesquisadas pelo IBGE.
Entre os destaques negativos, encontram-se setores diretamente impactados pela restrição de acesso ao crédito, ocasionada pelos juros altos praticados na economia brasileira. Com menor demanda por bens de consumo duráveis, houve recuo no volume comercializado de veículos, motocicletas e peças (-1,5%) e de móveis e eletrodomésticos (-1,7%) em fevereiro.
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