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Atividade econômica catarinense recua 3,5% em maio

Boletim do Índice de Atividade Econômica referente à maio de 2023

Publicado em 25/07/2023

Santa Catarina encerrou o mês de maio com recuo na atividade econômica de 3,5% ante abril, na série livre de efeitos sazonais. O mesmo movimento é observado na média nacional, que apresentou retração de 2,0%.

IBC maio - variação no índice de atividade econômica


O desempenho  na análise mensal é reflexo da retirada do peso positivo do agronegócio, cujas boas safras de verão, especialmente de grãos, ajudaram a impulsionar a atividade econômica nos meses anteriores. A indústria e o comércio ampliado também tiveram contribuição negativa em maio, com recuos de 2,7% e 3,1%, respectivamente.

Na indústria, o maior impacto veio dos setores de metalurgia e cerâmica, que têm sentido a queda da demanda doméstica por insumos, principalmente para a região Sudeste. A metalurgia, por exemplo, possui forte vínculo com as indústrias de bens de capital e automobilísticas. Já a fabricação de produtos cerâmicos é destinada, por exemplo, para o setor da construção civil. Essas atividades compartilham entre si uma alta sensibilidade aos movimentos das taxas de juros, que permanecem em patamares historicamente elevados. 


Apesar da manutenção da política monetária restritiva, as indústrias produtoras de bens de capital em Santa Catarina apresentaram recuperação no período. Nesse sentido, destaque para o setor de máquinas e equipamentos, que se beneficiou do aumento das exportações, em especial de motocompressores, bombas de líquidos e aparelhos de elevação.

IBC maio - índices setoriais de Santa Catarina


No setor de comércio varejista ampliado, a principal influência para o recuo no mês foi da atividade de vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (-5,1%). Assim como no caso da indústria, as vendas também seguem prejudicadas pelo alto custo do crédito, porém, com um fator adicional. Em maio, o governo federal anunciou que pretende reduzir impostos sobre modelos de veículos de até R$ 120 mil, o que pode ter contribuído para que o consumidor adiasse a compra.


Além disso, as vendas de tecidos, vestuário e calçados recuaram 5,3% ante abril. Os preços dos produtos do setor seguem pressionados, restringindo sua demanda. A temporada de outono menos fria do que o previsto também impactou negativamente as vendas de artigos com forte sazonalidade no período.


Já o setor de serviços registrou expansão de 1,1% em maio. O resultado veio acima da média nacional, recuperando parte da perda registrada em abril. Entre as atividades que apresentaram expansão no mês, destaque para os serviços de transportes e auxiliares aos transportes. Essas atividades foram impulsionados pela demanda vinda do agronegócio, especialmente do transporte rodoviário de cargas necessário para o escoamento da produção de grãos.


Os serviços prestados às famílias tiveram expansão de 2,2% no mês e seguem resilientes no acumulado do ano, com ritmo de crescimento superior à média nacional. A manutenção na geração de empregos e a renda do trabalho em patamar superior ao pré-pandemia vem sustentando o consumo das famílias no estado, o que estimula a demanda de serviços voltados ao consumidor final, como as atividades de alojamento e alimentação.

IBC maio - Crescimento do PIB setorial Brasil

Acesse o boletim na íntegra abaixo:

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