Pular para o conteúdo principal

Economia de SC recua 0,3% em agosto, mas cresce no acumulado do ano

Desempenho da atividade econômica foi puxado pela queda nos grandes setores

Publicado em 21/10/2024

A atividade econômica de Santa Catarina, medida pelo IBCR-SC em agosto, teve recuo de 0,3% em relação ao mês imediatamente anterior na série livre de efeitos sazonais. Não obstante, a economia catarinense cresceu tanto no acumulado do ano quanto na variação interanual 4,5%. 

Imagem
Variação mensal, anual e acumulada no ano

O crescimento econômico do estado no acumulado do ano, - apesar da já esperada desaceleração da atividade econômica brasileira ao longo do segundo semestre de 2024, - mantém um avanço difundido entre os setores de serviços (8,2%), comércio (7,7%), e indústria (6,4%). 

Ao longo do primeiro semestre, a economia brasileira surpreendeu positivamente com crescimento acima do projetado, favorecido pela redução das taxas básicas de juros além de uma oferta maior de crédito. Adicionados a manutenção de um mercado de trabalho aquecido e elevação dos rendimentos reais dos trabalhadores que impulsionaram a demanda por bens industriais. Somado a esses fatores, a demanda internacional por produtos catarinenses manteve-se aquecida, especialmente pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,3%), fabricação de máquinas e equipamentos (11,4%), fabricação de produtos têxteis (7,9%) e fabricação de produtos de madeira (7,6%), todos medidos pela pesquisa mensal da indústria no acumulado do ano.

Imagem
Variação acumuladas no ano para comércio, indústria e serviços

A redução da atividade econômica catarinense e a queda da atividade industrial em agosto em 1,4% já eram esperadas pelo mercado, tendo em vista os efeitos defasados da política monetária. Na produção industrial catarinense em agosto, observou-se queda em Metalurgia (-4,8%), Produtos de metal (-3,9%), Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-3,5%) e Confecção de artigos de vestuário e acessórios (-3,3%). 

O dinamismo do mercado de trabalho catarinense também é um fator de destaque, o qual registra a menor taxa de desocupação do Brasil, de 3,2% no trimestre encerrado em junho. A desocupação baixa em  Santa Catarina estimulou segmentos ligados ao comércio e aos serviços que também permanecem em níveis elevados. O comércio ampliado em comparação a julho teve recuo de 0,8%, mesma magnitude da queda brasileira, mas sustenta um crescimento acumulado em 2024 de 7,7%. O setor de construção segue aquecido, com crescimento das vendas no comércio varejista de materiais de construção de 3,3% na comparação mensal com ajuste sazonal. 

Em relação aos serviços, Santa Catarina verificou queda de 0,2% frente a recuo de 0,4% do Brasil, concentrado no recuo de 0,7% de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. Muito embora, os serviços prestados as famílias permaneçam aquecidos, com crescimento de 2,7% em agosto e uma alta acumulada de 5,1% em 2024. Outro setor que vale destacar é o setor de Atividades turísticas que cresceu 3,0% em relação a julho e acumula alta de 8,2% em 2024, também favorecido pela sustentação da renda das famílias e a propensão ao consumo permanecer elevado. 

Em geral a composição da atividade para agosto demonstra a resiliência das atividades ligadas ao consumo das famílias. No entanto, alguns setores  já sentem os impactos da política monetária defasada. O IBC-Br marcou crescimento de 0,2% em agosto, enquanto o Monitor do PIB da FGV apresentou queda de 0,2% após uma recuo de 0,3% em julho, todos medidos mensalmente. 

Imagem
Números índices de atividade econômica

Acesse o boletim na íntegra abaixo:

 

Tema da Publicação