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Economia catarinense cresce 2,4% e acompanha média nacional em outubro

Boletim da Atividade Econômica referente à outubro de 2023

Publicado em 21/12/2023

De janeiro a outubro, a economia catarinense cresceu 2,4% ante o mesmo período em 2022, o mesmo valor que a média nacional. Na análise mensal, o resultado ficou próximo da estabilidade, na série livre de efeitos sazonais.

Atividade economica SC e BR

 

No acumulado do ano, os principais vetores de crescimento da economia catarinense foram a agropecuária e o setor de serviços. No restante do país, soma-se ainda o setor extrativo, cujo Santa Catarina possui menos representatividade.

variação 12 meses SC e BR IBC

 

Em 2023, o estado atingiu recorde em suínos abatidos, na série histórica iniciada em 1997, o que se refletiu no aumento das exportações do produto, principalmente para Filipinas, Chile e Japão. O estado é líder nacional em abate, produção e exportação de carne suína. 

Além disso, os resultados positivos das colheitas de grãos incentivaram o crescimento das exportações de soja para a China e de rações de para animais para países da América Latina.

O consumo das famílias, associado à resiliência do mercado de trabalho e ao crescimento do poder aquisitivo, incentivou o setor de serviços catarinense, que expandiu 8,7% até outubro, valor quase o triplo do crescimento brasileiro. O rendimento médio do trabalho acima da média brasileira e o maior grau de formalização na economia do país são fatores que influenciam essa diferença de crescimento em relação ao restante do país. Entre as atividades, destaque para os serviços prestados às famílias, atividades de transporte e armazenagem e a categoria de outros serviços, que incluem desde serviços em salões de beleza até atividades imobiliárias.

Indices setorias e IBC - SC e BR

 

O maior nível de consumo estimulou também o setor de comércio ampliado catarinense, que registrou crescimento de 3,1%, ante média nacional de 2,4%.

Já a indústria do estado segue em queda no acumulado do ano, prejudicada ainda pelos efeitos do nível elevado dos juros aos investimentos empresariais. Aliado a isso, houve queda nas exportações catarinenses em diversos setores para seus principais parceiros comerciais. Dentre eles, destaque para os setores de madeira, móveis e o cerâmico.

Apesar do cenário mais restritivo para a atividade industrial, há setores que vêm se destacando ao longo de 2023, seja pelo aumento do consumo das famílias, ou pela diversificação de produtos vendidos internacionalmente. 

Os setores de embalagens e utensílios plásticos, fármacos, cosméticos, alimentos prontos e laticínios, por exemplo, vêm ampliando sua produção para atender o mercado doméstico, beneficiados também pela redução da inflação em 2023. 

Já o setor externo foi determinante para o setor de equipamentos elétricos, que ampliou as exportações de produtos como os transformadores elétricos, painéis e condutores elétricos e aparelhos de controle, destinados sobretudo para as Américas do Norte e do Sul. 

Dado o bom momento da agropecuária no país, o setor de máquinas e equipamentos ampliou o fornecimento doméstico de máquinas agrícolas. Além disso, de modo a compensar a queda de seu principal produto exportado, os compressores de ar, o setor ampliou as exportações de bombas de líquidos, máquinas e aparelhos mecânicos e aparelhos de elevação.

Acesse o boletim na íntegra abaixo: