Em abril, Santa Catarina registrou a maior expansão da atividade econômica do país, 2,9% ante março, na série livre de efeitos sazonais. Já a média nacional registrou crescimento de 0,6%, na mesma base de comparação.
A indústria e a agropecuária foram os principais vetores do resultado positivo no estado na análise mensal. Já o setor de serviços catarinense registrou o maior recuo dentre os grandes setores (-3,5%), o que acompanhou o movimento de queda no restante do país, com exceção do Ceará. Por fim, o comércio ampliado no estado se manteve praticamente estável.
Na produção industrial, o destaque foi o setor de produtos de borracha e material plástico (6,8%), líder de crescimento no mês. O resultado está atrelado ao crescimento da demanda doméstica por embalagens plásticas, principalmente oriunda do setor alimentício. A indústria de alimentos vem sendo impulsionada pelo bom momento do agronegócio tanto no abate de aves e suínos, como também nas safras agrícolas de grãos. Por exemplo, houve aumento na produção de soja, aveia, feijão e trigo. Além disso, destaque para a produção de equipamentos elétricos (6,4%) e da indústria automotiva (6,2%), que tiveram suas produções estimuladas pelas vendas internacionais.
No setor de serviços, a retração em abril foi impulsionada, sobretudo, pela atividade de transportes e correios (-3,9%). Em março, a atividade registrou seu maior nível da série histórica, impulsionada principalmente pelo transporte rodoviário de cargas. Já os serviços prestados às famílias foi a única atividade do setor a apresentar resultado positivo, 0,6% ante março, se mantendo em patamar acima do período pré-pandemia.
No comércio varejista ampliado, os maiores impactos negativos se deram na venda de combustíveis e lubrificantes (-5,2%) e veículos, motocicletas, partes e peças (-3,9%). Esta última atividade vem sendo prejudicada, em especial, pelo encarecimento do crédito na economia, devido ao elevado nível da taxa de juros. Por outro lado, houve expansão no volume de vendas no segmento de tecidos, vestuário e calçados (3,6%), recuperando parte das perdas registradas em março. Destaque também para a expansão nas vendas de outros bens de consumo, como artigos cosméticos e de perfumaria, móveis e eletrodomésticos.
Acesse o boletim na íntegra abaixo: