O índice de atividade econômica mostrou crescimento na economia catarinense de 0,3% no mês de outubro, na série livre de efeitos sazonais, e um crescimento de 5,5% no acumulado do ano. A nível nacional, o crescimento foi de 0,1%, com um acumulado de 3,7% em 2024. O crescimento da economia de Santa Catarina foi impulsionado pelo aumento da renda disponível e a demanda aquecida, que impactou positivamente diversas atividades dos setores analisados.
Um primeiro olhar pode ser feito através da produção de bens de consumo da indústria, que registrou alta de 4,1% em outubro e 6,4% no acumulado do ano, refletindo o desempenho positivo do comércio ampliado no estado, que cresceu 1,3% no mês e acumula uma alta de 7,9% no ano. Esse cenário incentivou atividades relacionadas à capacidade de consumo, como as vendas de eletrodomésticos, que subiram 5,9% em outubro e 16,2% no ano, e de artigos de uso pessoal e doméstico, com crescimento de 4,3% no mês e 8,5% no acumulado anual.
Na mesma linha, e para responder à demanda do comércio, a indústria apresentou um crescimento 1,0% no mês e 7,4% no acumulado do ano, frente a uma elevação de 0,3% a nível de Brasil para outubro e 3,4% no acumulado do ano. Os setores de destaque foram a confecção de artigos de vestuário e acessórios, que cresceu 9,4% no mês e 8,5% no ano, a fabricação de produtos de borracha e plástico, que cresceu 0,4% no mês e 8,6% no ano. O desempenho registrado por esses setores no mês, denotou o peso do crescimento econômico e seus efeitos em cadeia para a produção industrial.
Os serviços em Santa Catarina também responderam positivamente ao ciclo econômico em outubro, com um crescimento de 1,9% no mês e 6,5% no acumulado do ano: ambos acima da média nacional. A maior quantidade de renda disponível possibilitou o acesso a itens que não se restringiram aos mais básicos do consumo das famílias. Um destaque são os serviços prestados às famílias, que cresceram 4,0% no mês e 5,2% no acumulado do ano. Da mesma forma, houve uma elevação nas atividades turísticas em 5,7% no mês e 8,9% no acumulado de 2024.
O crescimento do comércio ampliado, dos serviços e da indústria, bem como do IBC, ficou acima das médias nacionais, o que se deve às características da economia de Santa Catarina, como diversidade da indústria, mercado consumidor resiliente, baixos níveis de desemprego e capacidade de competir internacionalmente, acessando mercados exigentes, como por exemplo, Europa e Estados Unidos.
Entretanto, mesmo com a atividade econômica e a indústria apresentando crescimento, os setores ligados à produção de bens de capital retraíram em 2,9% em outubro, tendo vindo de um ano com um aumento de 13,1% no acumulado.
Logo, percebe-se que o crescimento da economia catarinense está atrelado a um nível de desemprego que apresentou mínima recorde, de 2,8% no terceiro trimestre de 2024, somado a uma elevação da renda, que aumentou 5,2% no acumulado do ano, na série livre de efeitos sazonais, e a um cenário externo favorável a diversos produtos catarinenses, como as carnes de aves, suína, partes de motores e motores elétricos. Esses fatores, em grande medida, expressam o momento vivido pela economia do estado.
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