Em setembro, a economia catarinense cresceu 2,5% em relação ao mesmo período em 2022. Já a média nacional permaneceu praticamente estável, registrando expansão de 0,3%. Com isso, a atividade econômica do estado se encontra 8,7% acima do patamar pré-pandemia, ante 4,8% da média nacional.

A dinâmica de crescimento da economia catarinense se deve, sobretudo, aos setores de serviços e comércio. A resiliência do mercado de trabalho formal, bem como a manutenção do rendimento médio do trabalhador acima do patamar pré-pandemia, são fatores que vêm estimulando o consumo das famílias catarinenses em 2023.

O setor de serviços no estado registrou expansão de 1,7% na análise interanual, ante queda de 1,2% no restante do país.  As maiores expansões em setembro foram nos serviços prestados às famílias e nas atividades turísticas, com expansão de 10,7% e 12,7%, respectivamente.

Já o comércio ampliado também registrou expansão em Santa Catarina, 7,2% em relação a setembro de 2022, valor mais que o dobro da média nacional. 

O consumo das famílias se refletiu também na dinâmica de crescimento da produção industrial do estado. O setor de equipamentos elétricos, por exemplo, registrou expansão de 21,9% na análise interanual, em decorrência da recuperação na produção de eletrodomésticos. Além disso, a produção industrial do setor também foi impulsionada pela diversificação de suas exportações de produtos fora da pauta principal, como é o caso das vendas de  transformadores elétricos para os EUA e Canadá.

A indústria alimentícia também vêm sendo beneficiada por essa dinâmica de consumo das famílias, potencializada ainda pela redução da inflação na economia brasileira ao longo de 2023. O aumento do fornecimento doméstico impulsionou atividades no estado como a fabricação de comidas prontas, panificados e laticínios, além do setor de embalagens plásticas, para atender o setor alimentício.

O bom momento do comércio de fármacos, artigos médicos, perfumaria e cosméticos vêm estimulando a produção da indústria química catarinense, que registrou expansão de 5,0%, ante setembro de 2022. Com isso, houve também aumento nas importações do setor de instrumentos médicos, vindos da China, e de medicamentos embalados, oriundos da Europa.

Já os setores de produtos de metal e de metalurgia registraram aumento de 4,6% e 0,9% na análise interanual, respectivamente. Ambos foram incentivados pelo fornecimento em obras de infraestrutura no país, em especial na construção de rodovias.

Apesar dos destaques positivos na indústria do estado, há ainda setores com queda em sua produção, prejudicados, em parte, pelo cenário  de desaceleração na economia mundial. O setor de móveis, por exemplo, possui o maior recuo na análise interanual, -27,6%, prejudicado pelo arrefecimento do setor da construção nos EUA, principal comprador dos produtos do setor.

O setor cerâmico é outro exemplo disso, com queda de 6,4% em sua produção, devido à redução de suas exportações para a América Latina.

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