Em fevereiro de 2024, a atividade econômica catarinense cresceu 5,1% com relação ao mesmo mês do ano passado, acima da média nacional de 2,6%. No acumulado em 12 meses, houve expansão de 3,0%, valor também acima do observado para o Brasil (2,3%). Já na série livre de efeitos sazonais, houve crescimento de 0,4% com relação a janeiro.
O setor de comércio foi o responsável pela maior variação interanual neste mês, com expansão de 11,3%. O ciclo de queda das taxas de juros e a manutenção do nível elevado do consumo das famílias continuam contribuindo para o crescimento das vendas de bens de consumo duráveis.
O segmento de eletrodomésticos, por exemplo, teve a sexta expansão (18,4%) consecutiva com relação ao mesmo mês do ano anterior. Outro item que se destacou neste sentido foi o de comercialização de veículos, motocicletas, partes e peças, com alta de 22,7%. Essa atividade impulsionou a venda de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 4,8% no período analisado.
Ainda, a melhoria nas condições de acesso ao crédito e a queda nos preços incentivaram o aumento das vendas de materiais de construção, que cresceram 5,0% em fevereiro após dois meses consecutivos de retração.
Já a venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou alta de 19,5% na análise interanual, influenciada pelo crescimento de atividades administrativas e serviços complementares, que envolvem locação de mão de obra e serviços de escritório. Esta dinâmica ocorre na esteira de um mercado de trabalho mais aquecido, na medida em que Santa Catarina foi responsável pelo segundo maior saldo de empregos do país no primeiro bimestre de 2024.
Além disso, o desempenho das exportações de Santa Catarina, que registraram recorde de volume no primeiro trimestre de 2024, além do consumo elevado das famílias, têm impulsionado os serviços de transporte e armazenagem, com crescimento interanual de 9,3%, com destaque para o transporte rodoviário de cargas.
A dinâmica do ciclo econômico atual também tem incentivado a produção industrial catarinense, que cresceu 6,6% na análise interanual. Setores relacionados a bens de capital e de consumo durável tem se destacado, como equipamentos elétricos e máquinas e equipamentos, com altas de 21,3% e 3,7% respectivamente.
Esse perfil de crescimento recente da indústria catarinense também tem sido impactado pela expansão das exportações de bens de capital mais intensivos na utilização de tecnologia, que expandiram 11,3% no primeiro trimestre de 2024.
A recuperação das vendas para os Estados Unidos, por exemplo, impulsionou os embarques de motores elétricos, enquanto produtos como bombas de líquidos, máquinas e aparelhos mecânicos com função própria e máquinas agrícolas tiveram aumento de exportações para países da América Latina.
O setor madeireiro catarinense também foi impulsionado pela maior demanda externa, expandindo 13,5% na análise interanual, sobretudo a partir de melhores condições da indústria da construção estadunidense.
Por fim, o consumo doméstico aquecido contribuiu para o crescimento da produção de produtos alimentícios, enquanto a indústria de produtos têxteis expandiu motivada, dentre outros aspectos, pela fabricação de tecidos de malhas para atender as novas coleções de outono/inverno.
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