Economia catarinense registra a segunda maior expansão do país em 2021
Após o recuo na atividade econômica no ano de 2020, em decorrência da pandemia da covid-19, Santa Catarina voltou a registrar expansão em 2021. O crescimento foi de 6,4% em relação ao ano anterior, o que mostra robustez da economia catarinense na recuperação e manutenção do crescimento pós-pandemia, além de representar o segundo maior avanço entre os estados brasileiros em 2021. No cenário nacional, o crescimento foi de 4,5% na mesma base de comparação.
Ao longo do ano, o avanço da vacinação no país foi fator preponderante para o retorno da circulação de pessoas nos centros urbanos, permitindo o crescimento mais equilibrado entre os grandes setores da economia. Por outro lado, a desestruturação das cadeias logísticas e produtivas continuaram causando desafios para a economia, refletindo diretamente na elevação dos custos industriais.
Divulgado mensalmente, o Índice de Atividade Econômica (IBC) do Banco Central é considerado uma prévia do resultado do PIB e mensura variáveis proxies sobre o desempenho setorial da economia.
Indústria e Serviços impulsionam a atividade econômica de Santa Catarina em 2021
Santa Catarina registrou a maior expansão do país na produção industrial em 2021, com crescimento de 10,3% em relação ao ano de 2020. A atividade industrial catarinense foi impulsionada, sobretudo, por setores de alta intensidade tecnológica. Esse resultado sustentou os níveis de produção em patamar de pré-pandemia ao longo do ano. Mesmo com as distorções do mercado, a expansão do setor da Construção e a elevação da demanda externa por insumos industriais tiveram papel importante para o aquecimento da economia industrial catarinense.
No setor de Serviços do estado, houve expansão de 14,8% em 2021, superior ao crescimento nacional de 10,9%, com destaque nas Atividades turísticas e nos Serviços prestados às famílias, impactados positivamente pela retomada do fluxo de pessoas nas ruas. Apesar disso, ambas as atividades ainda se encontram em nível abaixo do pré-pandemia.
Ao mesmo tempo, as atividades do Comércio apresentaram resultado mais tímido em 2021. Apesar do avanço no volume de vendas observado no primeiro semestre de 2021, a base de comparação mais elevada do segundo semestre de 2020 e pressões inflacionárias que restringiram o consumo das famílias, acabaram inibindo o ritmo de crescimento do Comércio, impactado sobretudo pela queda nas vendas de Móveis e Eletrodomésticos. O setor do Comércio catarinense encerrou o ano com crescimento de 1,5% ante 2020.