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Economia catarinense recua no 3º trimestre

Boletim sobre a prévia do PIB catarinense, referente ao mês de setembro de 2022

Publicado em 14/11/2022

No mês de setembro, a atividade econômica catarinense recuou 0,9% ante agosto, consolidando um cenário de queda no 3º trimestre de 2022. 
Já na análise do acumulado do ano, os resultados no estado foram positivos, com expansão de 2,8%. A economia catarinense encontra-se 5,5% acima do patamar pré-pandemia¹, superando a média do país, que acumula variação de 3,0% no período.

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No acumulado do ano, o desempenho da economia de Santa Catarina foi impulsionado pelos setores de serviços e comércio ampliado, que registraram crescimento de 5,4% e 3,1%, respectivamente, em comparação com o mesmo período de 2021. Enquanto isso, a produção industrial teve queda de 4,0%.
O setor de serviços vem sendo puxado pelas atividades de informação e comunicação, que bateram recorde na série histórica em setembro, com nível 31,3% acima do pré-pandemia. A demanda dos serviços de tecnologia da informação, em particular, segue aquecida desde 2020, respondendo à necessidade de transformação digital das empresas.

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Além disso, os serviços também se beneficiaram do bom momento do mercado de trabalho, que registra recordes de ocupação, ampliando a renda real disponível para gastos correntes.
Em relação ao comércio ampliado, as vendas de equipamento de materiais para escritório, informática e produtos de papelaria e livraria incentivaram a expansão do setor no estado no acumulado do ano.

Em contrapartida, outras atividades do setor vêm sentindo o  impacto dos juros elevados sobre o crédito. As vendas de materiais de construção e de eletrodomésticos, por exemplo, registraram recuo de mais de 5% na analise de janeiro a setembro. Há também outras atividades que, mesmo sendo mais sensíveis à renda, ainda sofrem com pressões inflacionárias, como é o caso do comércio de artigos de uso pessoal/doméstico e tecidos, vestuário e calçados, que registram os maiores recuos do acumulado do ano.


A trajetória dos juros e os custos de produção ainda em patamares relativamente elevados em alguns setores também atingiram a atividade industrial.
No curto prazo, outro fator relevante para o recuo dos investimentos na indústria foi o aumento nas incertezas, tanto internas quanto externas.  Nesse sentido, destacam-se as indefinições associadas às eleições de outubro, bem como as preocupações em torno da desaceleração da economia global, em especial da China.


Ao longo de 2022, o consumo das famílias e o comércio internacional foram importantes propulsores da indústria catarinense, destacadamente para a produção de alimentos, que se mantém com a maior expansão da produção da indústria no acumulado do ano.

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Acesse o boletim na íntegra abaixo: 

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