Santa Catarina encerrou 2022 com expansão de 2,7% em sua atividade econômica, variação próxima à média nacional (2,9%).
Com isso, a economia catarinense encontra-se 5,2% acima do patamar pré-pandemia. Nessa base de comparação, o estado cresceu mais que o dobro da média nacional (2,4%), registrando a segunda maior alta entre as unidades da federação, com índices divulgados pelo BCB.
Já na análise mensal, houve recuo de 0,4%, após dois meses consecutivos de expansão. No Brasil, o resultado foi positivo, de 0,3%.

A atividade econômica em 2022 foi orientada pelos setores de serviços e do comércio ampliado, enquanto a atividade industrial apresentou retração.
O ano foi marcado pela normalização da mobilidade urbana, após um longo período de restrição às atividades presenciais associado à pandemia da Covid-19. Complementarmente, houve uma retomada da renda das famílias, impulsionada pelo aquecimento do mercado de trabalho estadual. Com isso, os serviços prestados às famílias cresceram 23,1% no ano, atingindo recorde na série histórica em dezembro.

Além disso, as atividades de serviços de informação e comunicação registraram alta anual de 8,7%. O aumento ocorreu, principalmente, na área de tecnologia da informação, impulsionada pelo fortalecimento de transformação digital das empresas.
Já no comércio varejista ampliado, a expansão foi sustentada, em grande medida, pelo comércio de combustíveis e lubrificantes. A atividade foi beneficiada pela política de desoneração de impostos sobre combustíveis, adotada em meados de 2022.
O setor também foi favorecido pela melhoria nas condições de oferta da cadeia automotiva, que resultou em aumento no volume de vendas de veículos, motos e autopeças.
No entanto, as altas taxas de juros praticadas ao longo do ano se refletiram em queda nas vendas de outros bens duráveis, a exemplo de móveis e eletrodomésticos.

Indústrias de alimentos segue em expansão

A produção industrial catarinense recuou 4,3% em 2022. O resultado reflete um cenário macroeconômico adverso, com taxas de juros em patamares historicamente altos, pressões nos preços de matérias-primas, inflação ao consumidor ainda elevada e economia mundial em desaceleração.
Ainda assim, houve expansão em algumas atividades industriais, destacadamente a produção de alimentos. O setor se beneficiou, tanto do aumento das vendas internacionais, em especial de carnes; quanto do aumento no consumo das famílias, que se refletiu em maior demanda por panificados, pescados e laticínios, por exemplo.
Na análise mensal, a indústria catarinense apresentou crescimento de 0,7%. As maiores contribuições vieram dos setores têxtil e de confecção de artigos do vestuário e acessórios.

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