No mês de setembro, o industrial catarinense voltou a sentir confiança na economia, superando o limiar dos 50 pontos. Desde novembro de 2022, o índice apresentava resultados abaixo desse patamar, demonstrando um cenário de falta de confiança entre os empresários no estado. Já a média brasileira seguiu otimista pelo quarto mês consecutivo.

O ICEI é formado por dois componentes, um que capta o sentimento do industrial em relação à economia nos seis últimos meses (Indicador de Condições Atuais) e outro em relação aos seis meses futuros (Indicador de Expectativas).

O resultado catarinense de setembro está associado à manutenção do componente sobre as expectativas futuras acima do limite de 50 pontos, o que significa a continuação da percepção de otimismo pelo terceiro mês consecutivo.

Um dos determinantes para a manutenção desse resultado foi o início da política de redução da taxa de juros por parte do Banco Central. Em setembro, houve o segundo corte na Selic, em 0,5 p.p. A autoridade monetária ainda prevê novos cortes na mesma magnitude em 2023. Esse movimento contribui para a melhoria das expectativas em relação à disponibilidade de crédito na economia para 2024.

Componente de Condições Atuais
Em relação ao componente das Condições Atuais, houve aumento de 3,7 pontos na pontuação do indicador em relação a agosto. Entretanto, o componente está abaixo do limiar de 50 pontos, demonstrando ainda sentimento de piora do industrial em relação à economia brasileira dos últimos seis meses.

Entre os componentes que formam o indicador, destaque para a melhora do sentimento do catarinense em relação ao próprio negócio. 

Outro fator que contribuiu para o aumento da pontuação nas condições atuais foi o processo de desinflação dos preços ao consumidor. Os valores dos alimentos, por exemplo, vêm caindo ao longo do ano, resultado da maior oferta de produtos devido às safras positivas, bem como pela redução nos preços internacionais. 

Aliado a isso, a resiliência do mercado de trabalho e o rendimento médio do catarinense em patamares acima do período pré-pandemia, são fatores que auxiliam a manutenção do consumo das famílias, beneficiando a produção e o comércio de bens de consumo não duráveis.

Além disso, a redução no preço de insumos industriais importados como, por exemplo, nos fertilizantes, compostos químicos e produtos de metal, contribuem  também para a redução nos custos de produção.

Confira abaixo o Boletim na íntegra: