Em março, o ICEI de Santa Catarina registrou 51,6 pontos, refletindo a manutenção da confiança dos empresários catarinenses na economia, vista nos dois primeiros meses do ano. Para o Brasil, o ICEI atingiu 52,8 pontos, acima do índice estadual e também apontando um sentimento de confiança dos industriais.
Dentre os componentes do índice, o que mais contribuiu positivamente para essa manutenção foram as Expectativas sobre os próximos seis meses. Já o componente referente às Condições Atuais, que capta o sentimento do industrial em relação à economia nos últimos seis meses, manteve-se abaixo do limiar de 50 pontos, ainda indicando um sentimento de piora das condições econômicas.
No entanto, esta sensação se encontra menos difundida agora do que foi em 2023, uma vez que a média do componente de Condições Atuais no primeiro trimestre de 2024 (46,2 pontos) encontra-se acima da média observada no mesmo período do ano anterior (43,2).
Essa melhora interanual tem reflexo nos dados econômicos, uma vez que a produção industrial física de Santa Catarina registrou expansão de 6,3% em janeiro, contra o mesmo mês do ano anterior, ficando acima da média nacional de 3,6%.
Além disso, o estado começou 2024 com o segundo maior saldo de empregos do país, o que favorece a manutenção do nível elevado do consumo das famílias e consequentemente uma maior demanda interna pela produção.
O ciclo de queda das taxas de juros iniciado em agosto de 2023 também propicia um melhor ambiente de negócios, tanto para investimentos produtivos como para consumo, tendo influência no aumento interanual do componente de Condições Atuais.
Já o Índice de Expectativas do ICEI atingiu 53,7 pontos, indicando um otimismo com relação ao futuro da economia.
A perspectiva de continuidade do ciclo de queda da taxa básica de juros, que de acordo com as expectativas de mercado deve chegar a 9,0% no final de 2024, é um dos fatores que explica o sentimento de otimismo.
Aliado a isso, a indústria é o único setor da economia brasileira que deve apresentar crescimento superior ao observado em 2023 (2,0% contra 1,6%) pela ótica da produção, de acordo com as últimas projeções de mercado.
Por fim, expectativas mais benignas com relação à inflação global em 2024 e à pressão na cadeia de suprimentos favorecem a manutenção do sentimento otimista.
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