Em julho, o índice de confiança do industrial catarinense registrou aumento de 1,9 ponto, após duas quedas consecutivas. Apesar disso, o resultado permanece abaixo do limiar de 50 pontos (48,6 pontos), o que indica ainda falta de confiança, porém, agora ela está menos disseminada entre os industriais do estado.
A recuperação do ICEI está atrelada, principalmente, à melhoria do indicador de expectativas sobre a economia brasileira. Isso porque, a parte do ICEI que representa a percepção do empresário para os próximos seis meses, passou a registrar pontuação acima de 50 pontos. Portanto, o industrial catarinense agora se mostra otimista em relação aos futuros desdobramentos da economia.
Esse otimismo em relação ao futuro está associado à perspectiva de início da política de redução na taxa de juros da economia brasileira, já esperada para a próxima reunião do Banco Central, que ocorrerá na 1ª semana de agosto.
Os últimos dados referente as expectativas de mercado, coletadas pelo Banco Central, esperam que 2023 se encerre com a Selic em dois dígitos.
Apesar da política de juros ter uma defasagem para que seus efeitos na economia prevaleçam, o começo de sua redução indica uma perspectiva de maior disponibilidade de crédito para o consumidor e para as empresas.
Já a parte do ICEI que demonstra a percepção atual dos industriais catarinenses se manteve abaixo do limiar de 50 pontos, permanecendo praticamente estável na casa dos 41 pontos. É o menor valor registrado desde agosto de 2020.
Diante da queda no acumulado do ano (janeiro a maio) de 4,5% na produção industrial, os industriais continuam mostrando falta de confiança sobre a situação atual da economia.
Santa Catarina registrou o segundo maior recuo do país no período, ocasionado, em parte, pela diminuição da produção de bens intermediários em setores como o cerâmico, metalúrgico e automotivo. Isso porque o estado é importante fornecedor nacional de insumos para o setores da construção civil e automotivo. A política de redução da taxa de juros repercutirá também na retomada gradual desses setores no Brasil, tornando as taxas para financiamento imobiliário e de bens duráveis mais atrativas.
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