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Setor alimentício orienta crescimento da produção industrial catarinense em 2022

Boletim sobre o desempenho da produção industrial catarinense em dezembro de 2022

Publicado em 16/02/2023

Em dezembro, a produção industrial catarinense cresceu 0,7% ante novembro, resultado superior à média nacional, que registrou estabilidade na produção. Apesar do resultado positivo no último mês, o estado fechou 2022 com recuo de 4,3% na produção industrial. No Brasil, houve queda de 0,7%.

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A indústria catarinense em 2022 foi marcada por dois momentos diferentes. Nos primeiros quatro meses do ano, o estado acumulava em 12 meses expansão na produção, sustentada por setores de bens intermediários, bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Após esse período, a persistência do processo de inflação global foi intensificada, em decorrência da escassez de insumos, ainda herdada da pandemia, e pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado no fim de fevereiro. 
Complementarmente, a demanda interna também foi reprimida por um nível de inflação ao consumidor ainda elevado em alguns setores.
Já na segunda metade do ano, a indústria passou a sentir de forma mais intensa os efeitos defasados da elevação das taxas de juros, que afetou principalmente a produção de bens de capital e de consumo duráveis. 
Além disso, o ambiente de negócios foi prejudicado pelo aumento das incertezas, provocado pelo processo eleitoral e pelas perspectivas de desaceleração da economia global.

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No segundo semestre do ano, o setor alimentício orientou a expansão da produção industrial catarinense. As vendas internacionais, particularmente de carnes de aves e suína, foram fundamentais para o desempenho do setor catarinense, que cresceu 8,3% em 2022 e registrou o segundo maior crescimento do país na produção de alimentos. O estado ficou atrás somente de Mato Grosso.
O setor de produtos de metal também se destacou no 2º semestre, finalizando o ano em estabilidade na produção. O setor também foi estimulado pelo mercado externo em 2022, que ampliou o fornecimento de tubos ocos de ferro para os EUA e de revestimentos laminados planos para a Argentina e Uruguai, especialmente no segundo semestre.
Na análise mensal, vale destacar o crescimento das indústrias têxteis (4,8%) e de confecção (6,3%), que representa uma recuperação parcial desses setores, após pelo menos seis quedas consecutivas.
Particularmente, o setor têxtil foi um dos que mais sofreram com o aumento dos preços ao consumidor, registrando o maior recuo da produção industrial do estado em 2022 (-19,3%).
A indústria automotiva também se destacou no último mês do ano, o que contribuiu para compensar as perdas observadas no primeiro semestre, fechando o ano em patamar praticamente estável.
 

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Confira abaixo o Boletim na íntegra:

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Tags Publicações
Produção industrial