No terceiro trimestre do ano, a indústria catarinense cresceu 1,8% ante o segundo trimestre, na série livre de efeitos sazonais. Já a média nacional registrou estabilidade, na mesma base de comparação.
O desempenho no terceiro trimestre mostra uma recuperação gradual da indústria catarinense em relação ao resultado negativo do acumulado no ano. Apesar de fatores internos e externos que prejudicaram a produção da indústria ao longo de 2023, Santa Catarina vem expandindo a produção em setores ligados à construção, ao consumo das famílias, além de diversificar os produtos exportados em alguns setores.
Em cenário oposto ao da média nacional, os setores líderes em crescimento no estado foram metalurgia, equipamentos elétricos e produtos de metal.
Na metalurgia e produtos de metal, o estado e beneficia do fornecimento doméstico para o setor da construção. Tanto no estado como no país, as atividades de obras de infraestrutura aumentaram sua produção, principalmente nas obras em rodovias.
No setor de equipamentos elétricos, a produção tem sido estimulada pela ampliação das exportações de insumos para a indústria. Apesar da queda nas vendas de motores elétricos, principal produto exportado pelo setor catarinense, houve aumento nas exportações de outros produtos, como os conversores eletrônicos para as indústrias dos EUA e Canadá e de produtos para instalação elétrica industrial na América do Sul, na análise interanual do trimestre.
Pela ótica do consumo das famílias, fatores como a resiliência do mercado de trabalho, o aumento do salário mínimo real e a queda na inflação de alimentos incentivaram a produção no setor alimentício no trimestre. As vendas em hipermercados e supermercados a nível nacional, por exemplo, estão acima da média histórica.
Consequentemente, o setor catarinense de produtos de plástico, importante fornecedor para o restante do país, também apresentou crescimento. O principal fator que estimulou o setor foi o aumento nas vendas de embalagens plásticas para o setor alimentício e artefatos plásticos para o consumidor final.
Outro setor beneficiado pelo aumento do consumo das famílias foi o de produtos químicos, motivado principalmente pela produção de cosméticos e artigos de farmácia e perfumaria. Esse movimento foi incentivado pelo crescimento do comércio desses produtos no país, que também registrou nível de vendas acima da média histórica no período.
Dentre os destaques negativos do trimestre, a indústria de confecção teve o maior recuo, prejudicada ainda pelo elevado nível nos custos de produção. Em setembro, a inflação ao produtor do setor continua registrando o maior valor da indústria brasileira no acumulado do ano. Além disso, as vendas de roupas da estação foram prejudicadas pelo inverno menos rigoroso no ano.
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