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Indústria catarinense recua 1,4% em agosto

Publicado em 09/10/2024

Em agosto de 2024 a indústria catarinense apresentou recuo de 1,4% em relação ao mês imediatamente anterior, resultado inferior ao verificado no Brasil, que teve leve crescimento de 0,1% na margem. Na variação interanual, a indústria catarinense apresentou crescimento de 3,3% enquanto a brasileira apresenta crescimento de 2,2%. Na média móvel de três meses com dados dessazonalizados a indústria catarinense permanece com crescimento de 0,2%, desacelerando em relação ao mês de julho. 

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Variação na produção da indústria geral

A indústria de transformação em agosto apresentou recuo em nove das doze atividades econômicas que fazem parte da indústria catarinense. Os principais recuos foram nas atividades de metalurgia (-4,8%), fabricação de produtos de metal (-3,9%), fabricação de máquinas e equipamentos (-3,8%), produtos de borracha e de material plástico (-3,5%), e por fim, de fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,3%) na variação mensal com ajuste sazonal. 

Esses resultados refletem a já esperada desaceleração da economia brasileira no terceiro trimestre de 2024, além de uma procura internacional que limitou a demanda por tais bens. Além disso, apesar da melhora das condições financeiras ao longo do primeiro semestre, as taxas de juros permaneceram em terreno contracionista com efeitos defasados sobre a atividade econômica. 

Por outro lado, a fabricação de produtos de madeira apresentou crescimento de 9,2% na variação mensal, favorecido especialmente pela demanda de produtos de madeira pelos Estados Unidos, que sustenta uma demanda elevada por esse segmento. Outro setor que manteve crescimento em relação a julho, foi a atividade de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias que cresceram 3,0%. 

Apesar do recuo de 3,3% em comparação a julho, o setor de confecção de artigos de vestuário e acessórios apresentou crescimento de 2,6% no acumulado de 12 meses. Esse setor é altamente dependente da renda disponível das famílias, por esse motivo, a sustentação da renda do trabalho adicionado ao um mercado de trabalho mais aquecido ao longo do ano, abriu espaço para a diversificação do consumo de bens no orçamento familiar, como o setor têxtil. Ademais, o setor de fabricação de produtos químicos teve crescimento de 7,3% no acumulado em 12 meses. 

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Dois gráficos de linha sobrepostos da indústria catarinense e indústria brasileira.

Já dentre as grandes categorias da indústria catarinense, todas apresentaram recuo na variação mensal, em comparação com julho, livre de efeitos sazonais. O destaque ficou para o queda de 3,0% em bens de capital que acumula uma alta de 11,0% em 12 meses, mas já apresenta uma inflexão de desaceleração na margem. Esse setor apresentou um bom desempenho ao longo do ano favorecido pela atividade resiliente e condições financeiras menos restritivas. 

Bens de consumo duráveis também apresentaram recuo na comparação mensal de 3,0%, assim como bens intermediários que observou-se recuo mais modesto de 0,2%. Ambos as categorias cresceram em 12 meses 4,1% e 5,2%, respectivamente. 

Acesse o boletim na íntegra abaixo:

 

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