A produção industrial catarinense cresceu 1,8% em fevereiro de 2023, na análise mensal. O resultado é superior à média nacional, que registrou recuo de 0,2%.
A dinâmica de crescimento no curto prazo está associada ao aumento das exportações catarinenses, especialmente de produtos mais intensivos em tecnologia. Na análise mensal, o principal destaque ficou por conta da produção de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que registrou crescimento de 14,2%. O setor vem se beneficiando do aumento das exportações nos primeiros meses do ano, principalmente de transformadores elétricos.
A fabricação de veículos também contribuiu para o desempenho mensal, com expansão de 13,2% em comparação a janeiro. O resultado compensa parte do recuo observado no mês passado (-15,1%). Apesar da queda nas vendas no mercado interno, impactadas pelo encarecimento do crédito, o setor segue se beneficiando da demanda externa, principalmente com as exportações de partes de motor, partes e acessórios para veículos e carrocerias.
O setor de fabricação de produtos de minerais não-metálicos registrou a segunda maior variação em fevereiro, com crescimento de 13,8% ante janeiro. O resultado está atrelado à atividade da construção civil, sobretudo na fabricação de artefatos de cimento e concreto.
Além disso, destaque para a indústria de máquinas e equipamentos, cuja produção cresceu 12,4% no mês. O setor vem ampliando o fornecimento de maquinário para a agropecuária, impulsionado pelos resultados positivos nas principais safras do início de 2023.
Com a manutenção da renda das famílias em patamar acima do pré-pandemia, a demanda por embalagens segue aquecida. Com isso, a fabricação de produtos de borracha e material plástico apresentou expansão de 7,6% na análise mensal.
O setor têxtil também vem se beneficiando da retomada do volume de vendas nos últimos meses, registrando um aumento mensal de 3,2% em sua produção.
Apesar dos bons resultados em fevereiro, a indústria catarinense ainda apresenta recuo da sua produção industrial, tanto na comparação com fevereiro de 2022 (-4,6%), quanto no acumulado de 12 meses (-4,1%). Esses resultados estão atrelados à desaceleração econômica recente, e à diminuição na demanda interna por bens de consumo duráveis, devido ao encarecimento do crédito.