No mês de abril, a produção industrial catarinense registrou crescimento de 1,1% em relação a março, na série livre de efeitos sazonais. O valor representou a segunda maior expansão do país, juntamente com a Bahia, ficando atrás somente do Rio Grande do Sul (2,2%). Com isso, Santa Catarina retoma seu nível de produção do período pré-pandemia, enquanto a média nacional está 2,0% abaixo desse patamar.
Tanto na análise interanual, como na mensal, os destaques catarinenses em abril foram os setores de equipamentos elétricos, automotivo e de produtos de borracha e material plástico.
O setor de equipamentos elétricos segue impulsionado pelo aumento e pela diversificação das vendas internacionais. Destacam-se as exportações de transformadores elétricos para os EUA e para o Chile, além de painéis e condutores elétricos para a Argentina.
Enquanto na média brasileira houve a queda de 4,6% na fabricação de veículos automotores (análise mensal), Santa Catarina vem sendo importante fornecedor de insumos automotivos para vários países da Europa. Com o avanço do processo de normalização da cadeia produtiva do setor, vários países europeus vêm recuperando gradualmente sua produção e aumentado a participação de veículos elétricos e híbridos na produção.
Na análise mensal, o líder de crescimento na produção industrial do estado foi o setor de produtos de borracha e material plástico. A fabricação de embalagens plásticas para o setor alimentício e de tampas plásticas, ambos para atender o mercado doméstico, continuam estimulando a produção no estado.
Já o setor alimentício registrou crescimento de 2,4%, recuperando a perda registrada em março. O bom momento do agronegócio catarinense, tanto no abate como também nas safras de grãos, vem estimulando as exportações na indústria alimentícia. As vendas externas de óleo de soja e de carne suína para a Ásia, bem como as exportações de carne de aves processadas para os Países Baixos são destaques no período.
No acumulado em 12 meses, a indústria catarinense registrou queda de 3,7%, ante recuo nacional de 0,2%. Além do encarecimento do crédito na economia brasileira, esse resultado segue impactado pela redução da demanda dos EUA por insumos da construção civil.
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