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Produção industrial de Santa Catarina cresce 1,9% em agosto

Santa Catarina apresentou 5,8% de crescimento em agosto, ante recuo de 0,7% da média brasileira

Publicado em 15/10/2021

Produção industrial de Santa Catarina cresce 1,9% em agosto

Variação SC BR

 

Após seis meses consecutivos de recuo na atividade industrial, Santa Catarina registrou em agosto crescimento de 1,9% em relação ao mês de julho, na série com ajuste sazonal. O desempenho do estado foi o 3º melhor do país e melhor que a média nacional, que apontou queda de 0,7% na passagem mensal. Na análise interanual, Santa Catarina apresentou 5,8% de crescimento em agosto, ante recuo de 0,7% da média brasileira.

O bom desempenho da produção industrial catarinense em agosto vem ao encontro dos dados de emprego divulgados pelo Ministério da Economia para o referido mês. Com saldo superior a 7,5 mil vagas geradas em agosto, a indústria geral e da construção de Santa Catarina, ficou atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais na geração de emprego. O aquecimento no setor de serviços, com a reabertura total de bares, restaurantes e atividades de turismo mais intensas, refletem positivamente sobre a atividade industrial.

Produzida pelo IBGE, a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) tem por objetivo acompanhar informações sobre o volume físico de diferentes atividades industriais. A coleta dos dados é feita via questionário eletrônico por empresa, envolvendo 14 Unidades da Federação.

Santa Catarina em primeiro no ranking nacional do acumulado do ano
ranking dos estados

 

No acumulado do ano – período entre janeiro e agosto – Santa Catarina lidera o ranking entre os estados, com expansão de 20,5%, frente ao mesmo período do ano passado. O resultado foi mais que o dobro do registrado na média nacional (9,2%). Os números demonstram a capacidade de resiliência da indústria catarinense, composta de grande diversificação produtiva entre os setores e distribuição regional. Cabe ressaltar que nas análises interanuais, a base de comparação ainda é mais baixa, em função do início da pandemia em 2020.

Construção impulsiona economia industrial catarinense
variação setorial SC e BR

 

A produção do setor de Metalurgia vem apresentando o melhor resultado da indústria de transformação no acumulado do ano. O setor da construção, estimulado pela manutenção de taxas de financiamento a níveis historicamente baixos, vem sendo o grande indutor da produção metalúrgica. Em seguida, destacam-se a produção de Veículos automotores e de Máquinas e Equipamentos, setores cujos produtos envolvem maior intensidade tecnológica.

Observa-se ainda a expansão na produção de Produtos têxteis e Produtos de vestuário, setores estes fortemente impactados pelas restrições de mobilidade impostas durante a pandemia. Com a retomada plena da economia, a demanda reprimida por parte de consumidores tende a reaquecer o mercado da moda, sobretudo em centros urbanos, onde há maior quantidade de eventos.

Já o setor de Produtos Alimentícios, que sofreu menores abalos nos primeiros meses da pandemia, vem absorvendo impactos com a redução da demanda de países asiáticos, sobretudo nos derivados de soja. Os produtos de óleo e farelo de soja, registraram queda de 55,1% no volume exportado no acumulado de 2021, frente ao mesmo período do ano passado. Outros fatores internos, como a redução nos salários reais em decorrência do aumento no nível de preços, explicam a queda na produção industrial do setor ao longo do ano.

Consumo de bens duráveis em queda no Brasil
consumo de bens duráveis SC

 

No cenário nacional, a queda da produção industrial pelo terceiro mês consecutivo pode ser entendida tanto pelo lado da oferta como da demanda. A desestruturação das cadeias produtivas permanece impactando na oferta de chips e semicondutores. O setor automotivo é um dos mais impactados, e vem sofrendo com paralisações de algumas fábricas, justamente pela falta destes insumos.

Já pelo lado da demanda, a pressão inflacionária sobre a renda, afeta o poder de compra da população. Este fator explica, em parte, a queda observada na demanda, sobretudo por bens duráveis e semiduráveis. O reflexo disso se traduz numa menor produção industrial para essas atividades.

Para maiores informações acesso o boletim abaixo:

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