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Indústria catarinense recupera, em novembro, parte da queda dos últimos dois meses

A indústria de transformação catarinense retomou o patamar de pré-pandemia em novembro

Publicado em 24/01/2022

Indústria catarinense recupera, em novembro, parte da queda dos últimos dois meses

No mês de novembro, a atividade industrial de Santa Catarina registrou expansão de 5,0% em relação a outubro, o que representou a segunda maior variação mensal dentre as unidades federativas. O resultado recuperou, assim, parte das quedas sofridas nos dois meses anteriores – retornando a um patamar de produção industrial superior ao período de pré-pandemia.

Desempenho na produção da indústria geral

 

Por outro lado, a produção industrial brasileira registrou a sexta queda consecutiva (e a décima queda no ano de 2021) na análise mensal. O cenário mostra ainda dinâmicas diferentes entre os estados e alguns setores industriais, registrando queda de 0,2% no mês de novembro, quando comparado a outubro.

A falta e o alto custo de insumos continuam sendo o principal desafio para indústria. O choque de oferta ocasionado pela pandemia se traduziu em impactos duradouros nas cadeias internacionais de suprimentos, limitando o crescimento sustentável de atividades industriais.

Diante do cenário interno mais restritivo por conta da inflação e elevação da taxa de juros, a recuperação da atividade econômica no ano esteve pautada nos investimentos. A dinâmica industrial nacional foi favorecida nos setores da cadeia de bens de capital, que registraram expansão na atividade industrial a níveis acima das demais categorias econômicas, como os bens intermediários e os de consumo.

Pelo alto grau de diversificação produtiva e competitividade da indústria catarinense, a produção industrial do estado segue apresentando a maior expansão na atividade industrial do país em 2021. O crescimento de 12,4% representa mais que o dobro da média nacional de 4,7%.

Já na análise interanual, houve retração de 4,4% no Brasil e de 2,6% em Santa Catarina no mês de novembro, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Metalurgia possui o maior crescimento da Indústria no acumulado do ano

Na análise setorial da indústria de transformação de Santa Catarina, o setor da Metalurgia obteve o melhor desempenho no acumulado de janeiro a novembro de 2021, ante o mesmo período de 2020. A expansão da produção do setor no estado foi de 49,5%. A atividade metalúrgica vem sendo impulsionada pelo bom momento da Construção, tanto no nível estadual no como nacional. No terceiro trimestre, o setor da Construção brasileiro cresceu 3,9% no país, em relação ao segundo trimestre de 2021. Em Santa Catarina, o setor gerou cerca de 17 mil novas vagas de emprego entre janeiro e novembro do ano de 2021.

Produção da indústria de transformação

 

Outro destaque da indústria de transformação de Santa Catarina fica para a fabricação de Veículos automotores, com expansão de 41,2% no acumulado do ano. Apesar da escassez de insumos e dificuldades logísticas ainda se mostrar presente, o ano de 2021 mostrou uma retomada da produção automobilística a partir do setor de autopeças e carrocerias.

Nota-se ainda a boa recuperação da atividade industrial em Celulose e Papel ao longo de 2021, registrando um crescimento de 13,9%, superior ao crescimento nacional de 3,2%. O estado de Santa Catarina possui a quinta maior produção do setor, com destaque para a produção de papel kraft. No acumulado do ano de 2021, o setor de Celulose e Papel registrou saldo de 1,3 mil novos postos de trabalho.

Bens de capital sustentam nível de produção industrial nacional

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo uma mudança momentânea no perfil de consumo das famílias: uma substituição parcial do consumo de serviços pelo consumo de bens, sobretudo de bens de consumo não duráveis, resultando em um aumento na produção industrial para os respectivos setores.

Produção industrial por grandes setores

 

À medida em que a retomada do fluxo de pessoas nos centros urbanos estimulou o retorno das atividades de serviços, a produção de bens de consumo perdeu a intensidade, sendo influenciada, também, pelo aumento dos custos e perda do poder de compra da população. No entanto, a produção de bens de capital voltou a apresentar uma trajetória ascendente, especialmente em função da queda nos estoques da economia e na necessidade de ampliação da capacidade de produção. O resultado é um aumento de 30,7% no acumulado de janeiro a novembro.

Esse desempenho pode ser explicado pela expansão de atividades a nível nacional como a Metalurgia (+18,4%), Veículos automotores (+23,2%) e Máquinas e equipamentos (+26,8%), setores também incentivados pela retomada da dinâmica econômica do mercado externo, como Estados Unidos e China, que absorveram parte da produção nacional.

Acesse o boletim na íntegra abaixo.

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Produção industrial