No mês de julho, Santa Catarina gerou 2,2 mil novas vagas de trabalho formal na economia. Os serviços e a construção foram setores determinantes para o resultado do mês. Já a indústria geral e a agropecuária registraram fechamento de vagas no período.
O recuo do emprego industrial está associado ao cenário de redução da demanda interna pelos produtos catarinenses. De acordo com dados da Sondagem Industrial, realizada pelo Observatório FIESC em parceria com a CNI, a insuficiência da demanda interna é atualmente o maior problema enfrentado pelos industriais catarinenses. Essa percepção está atrelada à manutenção das taxas de juros em patamares historicamente elevados, restringindo a atividade industrial.
Os efeitos desse cenário podem ser observados na demanda interestadual por produtos do setor de têxtil, confecção, couro e calçados, que apresentou o maior fechamento de vagas na indústria catarinense em julho. Outro fator que tem restringido o desempenho do setor, sobretudo na confecção, são as pressões de custos. O índice de preços ao produtor dessa atividade registra alta de 11,5% nos últimos 12 meses, maior variação entre todos os setores industriais no período.
O setor de máquinas e equipamentos também teve contribuição negativa para o saldo do mês. A produção de bens de capital é uma das mais prejudicadas pelo encarecimento do crédito na economia.
Por outro lado, houve abertura de 1,1 mil vagas na construção. O setor foi impulsionado pelas obras de infraestrutura, sobretudo as relacionadas com a construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica.
Outro destaque do mês foi o setor de equipamentos elétricos, que registrou 156 novos postos de trabalho. Apesar da menor produção de bens de capital, houve aumento das contratações na fabricação de eletrodomésticos de pequeno porte.
Além disso, destaque para a recuperação parcial de alguns setores que vinham em queda nos meses anteriores, particularmente as indústrias de móveis e de metalurgia.
Confira abaixo o Boletim na íntegra: