A economia catarinense gerou 80,4 mil novos postos de trabalho no primeiro semestre de 2025, sendo a indústria a principal catalizadora do resultado, com 52,3% do total de novas vagas geradas.
A construção segue na liderança entre as atividades que mais contrataram no primeiro semestre do ano. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma ampliação de 626 novos postos de trabalho, apesar do momento menos favorável ao crédito para o setor.
Além disso, o segmento de maior destaque na construção foi a construção de edifícios, especialmente na região da Costa Esmeralda, conhecida por abrigar destinos turísticos como Itapema, Porto Belo e Bombinhas.
O setor têxtil, confecção, couro e calçados, um dos maiores empregadores do estado no primeiro semestre de 2025, abriu mais de 6,1 mil novas vagas. Ainda que o número seja expressivo, representou uma leve retração em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo sinais de moderação no ritmo da atividade econômica.
Na análise intrasetorial, a fabricação de produtos têxteis e a confecção do vestuário seguiram como os principais motores desse arranjo setorial. Destaca-se, em particular, o bom desempenho da indústria têxtil, com foco na produção de tecidos de malha e de artefatos têxteis, atividade que inclui itens como tapeçarias e artigos para o lar. Esse resultado ainda expressa um padrão de consumo resiliente, apesar da perda de fôlego da economia observada em maio.
Nesse sentido, o setor de alimentos e bebidas também se beneficiou do consumo das famílias ainda aquecido. O abate segue como principal motor dessa indústria, entretanto, a fabricação de “outros produtos alimentícios” surpreendeu na análise semestral. Essa atividade inclui itens como suplementos, granolas, misturas instantâneas e alimentos voltados à praticidade e saudabilidade e teve expansão concentrada em municípios com forte presença desse tipo de indústria.
Diferentemente da maior parte dos setores industriais, que apresentaram desempenho inferior ao do primeiro semestre de 2024, a fabricação de máquinas e equipamentos registrou forte crescimento. Foram gerados 1,5 mil vínculos a mais no período, alta de 55,6% em relação ao ano anterior. Esse avanço reflete os encadeamentos produtivos do setor, com destaque para as atividades de fabricação e manutenção de máquinas. Apesar do crescimento distribuído entre diversos segmentos, o principal impulso veio da produção de tratores e equipamentos voltados à agropecuária, fruto das boas safras e também da expansão das exportações do estado.
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