Mercado projeta taxa de juros a 7% ao final de 2021, aponta Boletim Focus
O mercado segue revendo suas estimativas em relação às principais variáveis macroeconômicas brasileiras para 2021. A divulgação do resultado do IPCA-15 do mês de julho (0,72%), acima do esperado pelo mercado financeiro (0,64%), conduziu novamente os agentes a reverem suas expectativas quanto à inflação deste ano. A estimativa do IPCA para o mês de julho passou de 0,71% para 0,87% e, para o término desse ano, de 6,31% para 6,56%. No IGP-M houve elevação da estimativa para 19%, ante 18,35% da última semana.
Outra percepção do mercado é a necessidade de um maior aperto monetário neste ano através da elevação na taxa SELIC. O forte impacto das tarifas de eletricidade, gás e de serviços no IPCA, além de preocupações acerca das variantes da covid-19 vêm colocando em xeque a transitoriedade dos choques de oferta. A visão de uma persistência mais duradoura da pressão sobre os preços levou o mercado a elevar sua estimativa para a SELIC à 7% a.a. ao final de 2021.
O resultado positivo da Balança Comercial no ano e as oscilações no fluxo de capitais internacionais vêm influenciando as expectativas de superávit na conta de Transações Correntes. A expectativa divulgada é de um saldo de US$ 0,25 bilhões ao final de 2021, numa conta que historicamente apresenta saldo deficitário. O ano de 2020 apresentou déficit de US$ 24,1 bilhões e o último dado positivo na conta foi em 2007.
Cabe ainda um destaque para a Produção industrial, com estabilidade nas expectativas para 2021 (6,36%) e taxa de câmbio, com pequena elevação nas projeções (R$/US$ 5,09), em relação à última semana.
Para maiores informações acesse o boletim abaixo: