Em 2023, Santa Catarina gerou 62,7 mil novas vagas formais de trabalho na economia. A dinâmica do mercado de trabalho ao longo do ano foi pautada pela expansão de atividades mais ligadas ao consumo das famílias. Entre os setores, os serviços lideraram a geração de empregos com saldo de 46,3 mil vagas no estado.
Na indústria catarinense, pelo segundo ano consecutivo, a construção orientou a abertura de vagas, e em 2023 gerou 6.002 mil novos empregos. No entanto, outros setores industriais apresentaram saldo negativo e juntos totalizaram o fechamento de 2.250 vagas. Essa diferença representa o registro de contratações formais, que alcançou 3.752 mil postos de trabalho no acumulado do ano.
A redução nos custos de materiais de construção, principalmente os utilizados nas fases de acabamento e em instalações elétricas e hidráulicas estimularam o setor. Essa dinâmica impulsionou atividades da indústria de transformação, como a fabricação de condutores elétricos e tubos e acessórios de material plásticos.
Já o setor de equipamentos elétricos alcançou a segunda posição no ranking nacional, na geração de empregos. Esse desempenho foi incentivado, em partes, pelo aumento nas exportações de transformadores elétricos.
Além disso, a estabilização dos preços dos alimentos ao longo do ano e o consumo das famílias aquecido impulsionaram a fabricação de produtos alimentícios, resultando na abertura de 3,5 mil vagas de emprego. Dentro desse segmento, o abate e a fabricação de produtos de carne se sobressaíram como as atividades de maior impacto, contribuindo com a geração de mais de 2 mil empregos.
O maior nível de consumo estimulou também a indústria de produtos químicos e plásticos, com abertura de 2,8 mil postos de trabalho. As atividades mais beneficiadas pela atual dinâmica econômica foram a fabricação de embalagens plásticas e de produtos relacionados a higiene e perfumaria.
Apesar do bom desempenho ao longo de 2023, a indústria de transformação registrou fechamento de vagas em alguns setores. A confecção, por exemplo, foi a mais impactada, principalmente pelo aumento da concorrência por importados, bem como o nível ainda elevado dos preços de produtos domésticos.
O setor de madeira e móveis também registrou fechamento de vagas no ano. A desaceleração do mercado imobiliário nos EUA, principal comprador dos produtos desse segmento, acabou prejudicando as exportações catarinenses.
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