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Produção industrial de Santa Catarina cresce 8,1% em fevereiro, na análise interanual

O destaque é para a heterogeneidade na dinâmica industrial entre os estados, demonstrando a competitividade da indústria

Publicado em 08/04/2021

Produção industrial

Produção Industrial em Santa Catarina

A produção industrial de Santa Catarina registrou expansão de 8,1% no mês de fevereiro, quando comparada ao mesmo mês do ano anterior. Comparativamente, o Brasil registrou variação de 0,4% para o mesmo período de análise. O destaque é para a heterogeneidade na dinâmica industrial entre os estados, demonstrando a competitividade da indústria catarinense. 

No primeiro bimestre de 2021, a expansão produtiva industrial alcançou 9,5% em Santa Catarina, enquanto a indústria nacional registrou expansão de 1,3% no mesmo período. Para a série com ajuste sazonal, no entanto, houve retração de 1,5% na produção de fevereiro em relação a janeiro de 2021 para o estado. O desempenho negativo também foi observado para a indústria nacional, com queda de 0,7% no mesmo período.

Na comparação com os demais estados, Santa Catarina registrou a maior expansão na produção industrial em fevereiro, na análise interanual. Com a expansão de 8,1%, o estado foi seguido do Rio Grande do Sul e Minas Gerais com crescimento de 7,9% e 5,8%, respectivamente. 

Em relação à atividade da indústria de transformação, dentro de uma perspectiva de ciclo econômico mais longo da produção industrial, pode-se observar que Santa Catarina se mantém na trajetória de recuperação na atividade. A produção acumulada nos últimos 12 meses para Santa Catarina em fevereiro de 2021, indica retração de 3,1%. Nota-se que a melhora na atividade vem ocorrendo de maneira sistemática desde o mês de agosto de 2020. Esse cenário deverá se manter ao longo de 2021, podendo, inclusive, apresentar uma trajetória mais rápida à medida em que se avança no processo de vacinação da Covid-19 no país.

 

Setores de bens de capital puxam a produção industrial em fevereiro

Produção industrial 2No mês de fevereiro de 2021, os setores de bens de capital, em especial o de máquinas e equipamentos e de metalurgia, registraram as maiores expansões na atividade produtiva. Esse comportamento pode estar relacionado ao choque de oferta durante a pandemia, gerando quebra nas cadeias produtivas globais e, ao aumento na demanda em alguns setores, ocasionando desequilíbrio entre a oferta e a demanda. O investimento em bens de capital está relacionado ao aumento na capacidade de oferta da economia, indicando investimentos no setor produtivo para maior capacidade no atendimento de bens industriais entre os elos das cadeias produtivas. Esse processo poderá auxiliar na equalização entre a oferta e a demanda, bem como no nível de preços.

O comportamento de expansão no setor de bens de capital também é observado na economia brasileira. Essa dinâmica está demonstrando maior demanda de bens de capital para o setor agrícola, construção civil e setor industrial.

Em relação aos demais setores industriais, apenas as atividades relacionadas a produtos de minerais não-metálicos e produtos alimentícios registraram retração na produção industrial no mês de fevereiro, com variações de -7,1% e -14,3%, respectivamente.
 

 

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