As empresas catarinenses desbancaram as gaúchas e as paranaenses e obtiveram a maior eficiência na 31ª edição do ranking 500 Maiores do Sul. As companhias de Santa Catarina registraram R$ 238,1 bilhões em vendas em 2020 contra R$ 229,1 bilhões das gaúchas. O estado também é destaque por apresentar a menor média de endividamento (52,8%), ante 53,3% das representantes do Paraná e 55,5% das do Rio Grande do Sul. A rentabilidade das catarinenses também é maior: 14,5% (frente a 11,4% das paranaenses e 10,2% das gaúchas). O estado igualmente teve a menor soma de prejuízos, R$ 200 milhões, frente a R$ 1,4 bilhão das gaúchas e R$ 4,6 bilhões das paranaenses. O levantamento é da revista Amanhã, realizado com o apoio técnico da PwC Brasil.
Na comparação com o resultado do ano anterior, Santa Catarina ampliou a presença de companhias listadas entre as 500 Maiores do Sul pela publicação, com aumento de 134 para 136 neste ano. De acordo com a Amanhã, um olhar mais atento nas últimas quatro edições do ranking revela que, ano a ano, Santa Catarina tem aumentado sua representatividade. Em 2018, tendo por base os balanços do ano anterior, o estado contava com 121 representantes – hoje são 136. Ou seja, enquanto o Rio Grande do Sul perdeu 11 empresas e o Paraná outras quatro nesse período, Santa Catarina fez com que 15 novas companhias debutassem no maior ranking regional de empresas do Brasil.
Santa Catarina também encabeça o topo do ranking com Bunge em primeiro lugar e BRF na vice-liderança. Pela terceira edição consecutiva, as duas catarinenses duelam pelo primeiro lugar do maior ranking regional de empresas do Brasil. A vice-líder BRF segue no retrovisor, mas a diferença, que era de menos de R$ 1 bilhão no principal indicador do ranking, o Valor Ponderado de Grandeza, aumentou nesta edição para R$ 4 bilhões. O Top Five também tem a presença da Weg.
Efeitos da pandemia
A edição deste ano do ranking 500 Maiores do Sul analisou o resultado do ano passado, revelando os impactos da pandemia. “Em nossa análise dos mais de 2 mil balanços de empresas da região Sul para a elaboração do ranking das 500 Maiores do Sul, pudemos perceber que o ano de 2020 foi um dos mais desafiadores dos últimos tempos. Com a entrada da crise gerada pela pandemia, ainda no primeiro trimestre do ano, as empresas tiveram de enfrentar uma série de dificuldades desde o aspecto logístico ao produtivo, o que inevitavelmente afetou suas performances e a economia como um todo. Porém, em contrapartida, também foi possível notar que aquelas companhias que fizeram o ‘dever de casa’, que estruturaram suas práticas de ESG, englobando governança, sustentabilidade, social e diversidade, saíram na frente e demonstraram resultados bastante positivos”, assinala Carlos Peres, sócio da PwC Brasil e líder da região Sul.
Critério de classificação das empresas
Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista Amanhã e a PwC Brasil construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de uma ponderação que considera os três grandes números do balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).