Empresário industrial catarinense segue otimista
A pesquisa relacionada à visão do empresário sobre o nível de empregos nos próximos seis meses na indústria catarinense registrou o terceiro aumento consecutivo, atingindo 55,2 pontos em agosto. Isso evidencia a maior consistência de Santa Catarina perante a média nacional. Há mais de um ano, o índice vem se mantendo acima do limiar de 50 pontos, o que indica expansão no nível de empregos. O grande indutor deste otimismo continua sendo o ritmo forte da vacinação, atualmente com 40% da população brasileira completamente imunizada.
A sondagem industrial é uma pesquisa de opinião empresarial mensal que analisa as tendências de variáveis relacionadas à atividade industrial.
O nível de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) é uma análise que reproduz a relação entre o quanto foi produzido pela unidade industrial e o quanto poderia ter sido produzido operando em plena capacidade. Em agosto o empresário catarinense registrou UCI de 79%, próximo ao nível considerado adequado para indústria, de 80%. Já o cenário nacional registrou valor inferior, de 72%.
Níveis de estoques acima do planejado
Nos últimos cinco meses, o nível do estoque efetivo vem se apresentando superior ao planejado pelas indústrias de Santa Catarina, registrando valores acima dos 50 pontos. Em agosto, a sondagem apontou 53,5 pontos, um acréscimo de 1,6 pontos frente a julho e 4,9 pontos superior à média nacional. Este cenário industrial, visto sob a ótica dos estoques, demonstra certo descompasso entre oferta e demanda agregada na economia catarinense. Após a redução dos choques de oferta de insumos observados ao longo de 2020, nota-se, a partir de abril deste ano, um arrefecimento da demanda para alguns setores industriais do estado.
Enquanto isso a intenção de investimento do industrial catarinense vem registrando níveis elevados, próximos ou acima do período pré-pandemia. Ainda assim, apesar do patamar elevado, em setembro o índice apontou ligeira queda de 0,7 ponto frente a agosto. O cenário de turbulência política, somado à elevação nas taxas de juros, a crise energética e o cenário internacional de desaceleração econômica geram certa cautela na intenção de investimentos do empresário industrial.