Em março, a confiança do industrial catarinense apresentou recuo de 1,8 ponto em relação a fevereiro. O índice voltou a cair tanto em Santa Catarina quanto no Brasil. A média nacional se manteve em patamar próximo do limiar de 50 pontos, indicando uma falta de confiança menos acentuada.
Esses resultados estão associados à recente desaceleração da demanda interna e ao nível elevado da taxa básica de juros da economia brasileira, que encarecem o custo de obtenção do crédito, tanto para as empresas, como para as pessoas físicas.
A taxa média de juros das operações de crédito, acumulada em 12 meses, está em seu maior patamar dos últimos cinco anos. Isso acaba contribuindo para o aumento da inadimplência do consumidor, e reverbera também na percepção de piora dos empresários catarinenses sobre a capacidade de compradores para seus produtos.
Componentes do ICEI
O ICEI é formado por dois componentes principais. O primeiro reflete a percepção dos empresários do estado sobre as condições atuais da economia catarinense e brasileira (comparado aos seis últimos meses), enquanto o segundo se refere às perspectivas futuras (em relação aos próximos seis meses).
A queda no ICEI registrada em março está associada à disseminação do sentimento de piora em relação às condições atuais da economia. Este é o terceiro mês consecutivo que o indicador demonstra piora, permanecendo abaixo do limiar de 50 pontos.
Já o componente das expectativas para os próximos meses se manteve praticamente estável, ainda indicando sentimento de pessimismo, mas agora menos disseminado entre os industriais do estado. Esse resultado está relacionado, principalmente, à percepção de piora sobre as expectativas da economia brasileira. Já as perspectivas sobre a economia catarinense encontram-se acima dos 50 pontos, o que indica sentimento ainda otimista sobre os rumos da economia estadual.
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